quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Um ano

Este blog faz um ano....
vai de férias.....

Até um dia...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Nota de rodapé

Eu queria ser especial, mas não sou.
Na verdade, acho que queria que tudo me corresse na perfeição. Mas para isso acontecer, eu teria que ser perfeito e no fundo, isso é o que menos quero!
Gosto de ser imperfeito!
Mas continuo a dizer...."Eu queria ser especial! Queria sentir-me especial!"

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Tempo

Nenhum tempo chega para dizeres "carpe diem".
Cansas-te da espera, a vida parece fugidia, urge a necessidade de uma pausa, no entanto, não sabes como o fazer.
As intermitências de uma vida acontecem, fazes analepses da tua história, mas sabes que nada volta atrás, não revives coisa alguma. E partes. Partes os espiritos de que és feito, quando o ritmo do coração se torna acelerado e o pulsar da vida é mais lento do que as horas do dia.
Passa o dia, chega a noite, doze horas ficaram preenchidas com os teus gestos vagos, os teus pensamentos utópicos e nada fizeste.
A noite é amiga e desaparece num abrir e fechar de olhos, vês o tecto e cais em sonhos, que te afastam do nada em que vives.
Amanhã é outro dia, a lentidão do tempo continua. De manhã, tudo parece igual, a noite parece longínqua e de repente é noite: foram-se as horas, fica o nada e o tudo.
É esta a mescla da vida: Tudo acontece, mas pouco fica, o Nada preenche o resto...
Mas há manhãs em que pareces renascer: quando dás a mão ao Tempo e o teu coração bate ao ritmo dos segundos de que é feita a tua vida!



quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Good Luck...



É só isso...Não tem mais jeito...Acabou, boa sorte...Não tenho o que dizer...São só palavras...E o que eu sinto...Não mudará...
Tudo o que quer me dar...É demais...É pesado...Não há paz...Tudo o que quer de mim... Irreais...Expectativas...Desleais...That's it...There is no way...It's over...Good luck...I have nothing left to say...It's only words...And what l feel...Won't change...Everything you want to give me...It too much...It's heavy...There is no peace...All you want from me...Isn't real...Expectations...Tudo o que quer me dar...É demais...É pesado...Não há paz...Tudo o que quer de mim...Irreais...Expectativas...Desleais...Mesmo...Se segure...Quero que se cure...Dessa pessoa...Que o aconselha...Há um desencontro...Veja por esse ponto...Há tantas pessoas especiais...Now even if you hold yourselfI want you to get cured...From this person...Who poisoned you...There is a disconnection...See through this point of view...There are so many special people in the world...So many special people in the world in the world...All you want...All you want...Tudo o que quer me dar /Everything you want to giveme...É demais / It's too much...É pesado / It's heavy...Não há paz / There is no peace...Tudo o que quer de mim / All you want from me...Irreais/ isn't real...Expectativas / Expectations...Desleais...Now we're...Falling into the night...Um bom encontro é de dois...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Preciso...

...de receitas de culinária
...de ser mais frio
...aprender o funcionamento da máquina de lavar roupa
...ser mais racional
...aprender a passar a ferro
...ser menos preguiçoso
...aprender a limpar o wc
...de não ser sempre o "coitadinho"
...de vontade de viver
...de amor
...tratar da Yasmin
...estudar
...de dinheiro
...de férias
...que passe depressa Dezembro
...de coragem
...de alegria
...de uma mulher
...de dormir agarradinho
...de gostar de mim
...de paciencia
...limpar o pó
...sacudir meus fantasmas
...de dormir
...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Filosofia da minha vida...

Um mestre do oriente viu quando um escorpião se estava a afogar e decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez o escorpião picou-o. Pela reacção e dor, o mestre soltou-o e o animal caiu de novo na água e estava a afogar-se de novo.
O mestre tentou tirá-lo, e novamente o animal picou. Alguém que estava observando aproximou-se do mestre e disse-lhe:
"Desculpe-me, mas você é teimoso! Não entende que todas as vezes que tentar tirá-lo da água ele irá picá-lo?
O mestre respondeu:
"A natureza do escorpião é picar, e isto não vai mudar a minha, que é ajudar".
Entao, com a ajuda de uma folha o mestre tirou o escorpião da água e salvou sua vida.
Moral da historia:
Não mude sua natureza se alguém te faz algum mal; apenas tome precauções. Alguns perseguem a felicidade, outros a criam. Preocupe-se mais com a sua consciência do que com a sua reputação. Porque sua consciência é o que você é, sua reputação é o que os outros pensam de você.
E o que os outros pensam, é problema deles.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Neura...

Hoje acordei com uma neura do caraças...
Meto tudo em causa....o emprego, a universidade, as relações...
Apetece-me fugir....ou então ser um PC e fazer um restart a tudo...
Grito....mando tudo para o caralho.....não me fodam mais a cabeça....aliás eu é que fodo a minha cabecinha....
Quero ser como o comum dos mortais....vegetar por aí...não pensar...limitar-me a respirar...
Não consigo, algo sempre está presente nesta cabeça parva....
Tou numa de fecho de ciclos...desculpem-me as pessoas a quem isto afecta, mas não vai doer só a elas...também me irá doer a mim...mas sou assim....inconstante, volátil, frio....
Irei acabar a vida sozinho e abandonado....mas todos os génios acabaram assim...
Foda-se.....



Bom ou mau...

O que fazer quando alguém nos elogia os olhos? O que responder? Mais para mais, se quem nos elogia é a nossa professora de Economia e simultaneamente de Matemática?
Ontem, concentrado como estava na correlação entre desemprego e inflação e querendo tirar uma dúvida, que foi pernitentemente esclarecida, chega o elogio....
Poix....nestes 31 anos de vida acho que foi a 1ª vez que fiquei sem resposta ( sim, orgulho-me de ter sempre resposta na ponta da língua), ou será que dei uma meia resposta com muita gaguez pelo meio???
Não foi pelo elogio em si....foi mesmo por quem o fez....será ético? Eu sei que tenho uma cadeira de Ética Empresarial, mas esta parte não vem nos manuais...
Assim como assim, vou continuar reduzido á minha insignificância...



domingo, 25 de novembro de 2007

À procura...

-Olá bom dia, poderia dizer-me onde estou? Eu queria ir para...
-O amigo ainda está longe. Siga em frente, vire à esquerda, siga em frente no cruzamento vire à direita, contorne a rotunda...
- Muito obrigado, bom dia.


Continuo longe....



quinta-feira, 22 de novembro de 2007

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Meu professor !!!

Como consigo aprender alguma coisa, com um professor DJ assim?


segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Força

Esta semana ninguém me pára....


domingo, 4 de novembro de 2007

Zara

Perdições...cobiças....desejos...sentidos...
O que leva um ser normal (eu) a gastar uns bons montes de euros naquela loja???
O que tem lá que nas outras não tem??? Será a Lúcia e a Marta??? Sempre disponíveis para me ajudar nos nºs e a irem buscar coisas lindas lá atrás no armazém...
Ou será o chegar ao provador e mal se veste uma peça daquelas, parece que tudo fica bem neste corpo???
Decididamente não sei....sei sim que o cartão de crédito levou um estouro...sei sim que ao ver ali o que comprei hoje...hum....
I feel good...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

State of mind...

Indefinição

É na sucessão de dias com sabor agridoce que hoje chego até aqui. Com o olhar pousado nas sombras dos desejos que não posso transformar em realidades, mas com as mãos transbordantes de instantes concretos e perfeitamente definíveis.
Estou actualmente neste limbo. Melhor dizendo, tenho eu próprio sido essa orla, essa extremidade em que há sempre a possibilidade de tombar para qualquer um dos lados.
Sinto o prazer e sinto a dor. Intensamente. Mas não sou nenhum deles. Sou antes aquela indefinição que fica entre um e outro. Talvez apenas uma transição, uma breve passagem que não chega verdadeiramente a "ser" o que quer que seja.

Deixemos as memórias. Definitivamente.


segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Anestesiados

Creio que os portugueses andam a ficar anestesiados.
Não reagem. Este governo ainda não tomou uma única medida de fundo. Anunciar sim, mas fazer não. Dir-me-ão que o orçamento é uma medida de fundo. Não é: é um acto de gestão corrente próprio e obrigatório para qualquer governo. É certo que, a avaliar pelo conteúdo do orçamento e por algumas medidas avulsas, mais vale que continuem quietos.
Mas sempre seria melhor um governo que tivesse ideias claras quanto aos problemas e ao futuro deste país. Que vamos pagar mais cedo que tarde pelas decisões que não se tomam agora e pelas que demonstram miopia intelectual e política, é certo. E quanto mais isto se arrastar, maior será a conta.
Para identificarem o que é um ministro/comissário político, visitem os curriculos dos governantes no portal do governo:
http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/Governos_Constitucionais/GC17/Composicao/

Vendo meu corpo

Humpf....um corpinho tão bom como o meu e a valer tão pouco....

CadaverForSale.com

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Mathematics...

A = ]4,8] B = [3,10] C = ]2,6]

(A U B) U C = A U (B U C)
(]4,8] U [3,10]) U ]2,6]
[3,10] U ]2,6]
]2,10]

]4,8] U ([3,10] U ]2,6])
]4,8] U ]2,10]
]2,10]


Esta foi a mais fácil que apareceu......
Para quem não tem matemática desde 90 não começa nada mal....xiça

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Falsa partida...

17.42 - Saída da empresa
17.53 - Chegada á faculdade
18.05 - Sair do carro
18.15 - Estranho não ver quase ninguém
18.20 - Acabrunhado procuro saber se me enganei no auditório
18.25 - Secretaria, biblioteca, repografia fechadas.....será feriado?
18.30 - Volta e mais voltas pela faculdade
18.35 - Descobri papel fixado a informar que não havia aulas devido á sessão de abertura do ano lectivo
18.40 - Entrar no carro a caminho de casa
Assim foi o meu 1º dia de aulas....
Dasse

terça-feira, 23 de outubro de 2007

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

McLaren recorre da decisão da FIA de atribuir título a Raikkonen

A McLaren Mercedes pretende ganhar o Mundial fora das pistas, o que, depois da lição sobre táctica que levou da Ferrari não lhe fica muito bem.
Antes de mais, devia ser capaz de dar duas “palmadas” nos seus “meninos” para que se portassem bem, como fizeram Felipe Massa e Kimi Raikkonen, solidários entre eles e com a equipa que lhe paga e que não é tão pouco como isso. A escuderia McLaren-Mercedes tem outras culpas no cartório. Podia ter ensinado a Hamilton a fazer contas de somar e subtrair, ou seja, que não precisava de vencer o grande prémio para chegar ao título e que para se ganhar uma guerra é preciso saber perder uma ou outra batalha.
Ele, notoriamente, não soube.
P.S: Foi um fim de semana bom...ver os porcos chauvinistas dos Ingleses perderem dois campeonatos do mundo...Rugby e Formula 1....



domingo, 21 de outubro de 2007

Coisas a fazer esta semana...

Uma tatuagem...
A revisão ao carro...
A matricula na faculdade...
Fisioterapia ao ombro...
Marcar consulta para dentista...
Presença nas aulas...
Assinar documento no BPI...
Almoço com Ana e Gena...
Comprar camisa preta...
Comprar creme para as mãos...
Jantar em casa dos pais...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Eu...

Emprestaram-me a vida... Eis-me aqui nascido... Num deambular constante... Sonhos de arestas vazias... Quinas vivas em pedras frias... Escondem um eu sufocante... Obrigo-me a ser feliz... Porque o sol assim me diz... Num enleio celestial... Todavia com os pés no chão... Desnovelo um turbilhão... Alma minha desigual!... Vasculho sem pudor a mente... Procuro-me a parte demente... Que se esconde infecunda... Ocioso finjo dormir... Ansioso por descobrir... A razão... De minha dor profunda...


quarta-feira, 17 de outubro de 2007

16,65

16.65 valores foi a nota que tive na prova de acesso para o curso de Gestão Empresarial.....
Nada mal, para que anda sempre desiludido com o mau aproveitamento da inteligência que tem...

domingo, 14 de outubro de 2007

Hoje sinto-me assim...

Escolhas

Há um caminho que parece ter uma direcção....Tudo gira em torno do que parece...mas de facto o que é ?!...E passa-se o tempo com perguntas, com duvidas se vamos por ali ou por aqui......e há pedras que se atravessam, que se encontram......e passa-se mais tempo a tentar desviar a direcção desse "caminho".......e passa-se o tempo a dar passos...uns mais decididos, outros ténues... quase imperceptiveis......e passa-se o tempo....passa....passa....passa... passa...passa.....
Chega essa espuma branca, com força de quem conhece esses passos dados...de quem não tem dúvidas...de quem não procura...não vê pedras...não vê passos...não vê duvidas...e avança......soubessem esses passos que o caminho seria sempre por ali...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Ecoar das palavras

Algumas ladeiam-me apenas. Outras entram, entranham-se inesperadamente e percorrem-me como o sangue que me corre nas veias. Vermelhas. Vivas. Latejantes permanecem. Intensamente! Multiplicam-se em sentidos vários. Com vários sentidos. Mas... de repente, quando mais preciso delas... escapam-se... sinto-as desvanecerem no ar. Visualizo-as, quase que lhes toco, mas no seu momento etéreo são inatingíveis... Desnorteio-me. Debato-me com elas. Debato-me por elas!
Ei! VOLTEM!! Por favor orientem-me e transpareçam no rodopio de emoções que não controlo. Deixem-se exteriorizar articulada e coerentemente.
Fluam por este espaço.


Limão, mas não azedo...

Ando agora numa de testes...talvez á procura do meu "eu"...que raio, com esta idade e a não saber ainda quem sou...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Vicio

82%How Addicted to Blogging Are You?

Estou a ficar muito viciado...tenho que acalmar um pouco...


terça-feira, 2 de outubro de 2007

Quero...

Quero sempre tudo já, agora, para ontem; queria ter-te tido naquela noite invernosa, ter-te amado à pressa e depois ter-te posto com dono e arrumado de vez o assunto, lavando dali as minhas mãos.
Ter-te esquecido, como de facto esqueci, à velocidade da luz, warp speed, meia bola e força, um divórcio de vontades ratificado em notário no dia seguinte à boda, boa noite e um queijo, vai e não voltes.
Não sei ser o meio onde está a virtude, peco por excesso e ainda mais por defeito, empanturro-me tanto quanto jejuo e, se não acelero, embasbaco.
Rebento diques e extravaso após meses de seca extrema e encontro na desmesura o meu habitat natural; enquanto não me resolvo, desconheço-me, salto em comprimento e aterro de chofre nos pontos finais, os mínimos olímpicos sempre garantidos.
Por isso já cá não estavas, quando sobre ti comecei a escrever: és mero exercício de estilo, deixa-te de coisas (deixa-me ir).


quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Chuva e vento

Se o vento tivesse soprado mais fraco, o guarda-chuva não teria voado em direcção a ela; Ele não teria corrido atrás dele e não teria pedido "desculpa"; Ela não teria rido e proposto que ele o acompanhasse no seu guarda-chuva, porque o dele não se teria estragado.
Não teriam parado num café, para esperar que a chuva parasse ou acalmasse; os óculos dela não teriam embaciado; Ele não teria inventado conversa da treta para justificar o embaraço; Ela não lhe teria perguntado o nome; Ele não saberia o dela. Os números não teriam sido trocados.
Nenhum dos dois telefonaria ao outro e tudo estaria na mesma.
Tivesse o vento soprado mais fraco e ele saíria de casa no exacto momento em que ela saia da loja onde trabalhava...E talvez, talvez, ele e ela ter-se-iam encontrado no exacto momento em que o vento ficaria forte e um guarda-chuva os fizesse chocar.
Mas o vento soprou forte e ele ficou em casa e ela colou-se á porta de vidro da loja, os dois á espera que a chuva e a ventania acalmassem.
E o sonho não deu lugar à realidade.


quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Sentidos...

E só para que conste, as mulheres já não são o escape que já foram para mim. E afasto-me, e reservo-me, o que equivale a parecer que fui borrifado com feromonas, o que é chato, porque tenho imensas coisas para fazer. E é mais chato ainda, a puta da foda perder o seu encanto, porque não tenho que me esforçar para atingir alguns fins. E que é ainda mais chato ainda, porque não vou procurar aprofundar e conhecer melhor as paixonetas que se vislumbraram por pensar no caralho do TGV ao fundo do túnel em vez de recuar dois passos e ver que já estou do outro lado da montanha.
No entanto, tive aqui há uns tempos a certeza de saber qual a mulher que escolheria para ter filhos. O problema é que acho que ela me ama, ou terá uma qualquer coisa qualquer por mim. Eu tenho uma grande coisa por ela, amo-a, mas como amiga, irmã, filha, mãe, aluna e professora, com direito a alguma coisa mais, devido a irresponsabilidade de encontros com labaredas, que me deixaram a pensar a meio pesar:
"sou homem e basta.... mas que grande besta!"


quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Evocação simples

Há quase pobreza, menos fome que ganância, mais poder que riqueza, mais pai que mãe...
Há muita gente que queria, pouca gente que se indigna, o mais que podia, o que mais e o que menos tem.
Há trocas de produtos, prestadores de serviços, manobreiros de valias, e ninguém que nos valha.
Há responsáveis, há oragos milagreiros, mais fome, mais fome, mais crimes e mais turistas e há muito mais gente.
A nós pagaram-nos os livros, educaram-nos no grande programa, havia então fome, havia ainda miséria, uma casa de lama. A outros abriram-se portas, criminalizaram-nos, prenderam-nos; livros pagos por vós, expõem egrégios avós, com 15 minutos de fama!
A outros taparam-se olhos, houve quem soubesse calar, poucos não levavam recados, muitos escolhos a dar do mar, mas a apanhar ninguém.
A regra para a pobreza, os seus limiares, o abaixo e o acima da necessidade, outros patamares, da ganância e cegueira, mais injustiça que lá vem.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

That moment...


O meu Ídolo...Um maestro único.

Todos nós temos, de alguma forma, alguém ou alguma coisa com que nos identificamos ou então algo que existe e que quereriamos ser iguais...eu não fujo á regra.
Como pessoa, como homem ou futebolista, pela honestidade, postura ou dignidade, pelo saber estar, compreensão ou carinho, pelo seguimento dos valores, nunca atropelando ninguém ou simplesmente pela pessoa em si e não só pelo que sabe jogar (e é muito), a pessoa que mais admiro é Rui Costa.
Ele é o exemplo perfeito de quem pode estar em qualquer sítio, sempre com a cabeça levantada.
Aqui deixo um vídeo, sinónimo de classe,simplicidade e amor.





"Um homem viaja pelo mundo inteiro em busca do que precisa, mas volta a casa para o encontrar"

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Bom dia...

Já viram as horas??? 8.30 da manhã, de uma segunda feira nublada e eu já na empresa....
Como me sinto??? Muito mal....não só por ser início da semana, de madrugada ainda, mas também porque foi um fim de semana a doer....
No Sábado, depois do estudo, um aniversário.....até ás tantas....
No Domingo, um casamento....até ás tantas...
Tou de rastos...com muita sede....
Olhando para o que vou fazer hoje....começa bem.....tratar de 50 clientes que perfazem um total de 10 milhões de euros....ai a minha vida.
Boa semana para todos os que me acompanham, aos quais agradeço a perca de tempo que têm ao visitar o meu cantinho...

domingo, 16 de setembro de 2007

Voar...

- Disseram-me que sabias voar...
- Soube, por instantes, mas as asas sempre foram muito frágeis e acabaram por quebrar. Não resistiram ao vento forte. Não podes voar com asas de promessa emprestada durante muito tempo, acabam por rasgar-se, e tu acabas por cair quando o teu sorriso já tinha forma e rosto.
- Mas...
- Não há mas, nem depois. É levantar do tombo sem sacudir o pó das feridas, cerrar os dentes, tomar ainda o gosto a sangue que se têm na boca para que nunca nos possamos esquecer do sabor amargo do momento.
- Então e...
- Deixa de haver espaço para lamentações. Olhas para cima da tua cabeça e dúvidas que tenhas conseguido voar, mesmo que nas costas ainda tenhas presas as asas e as sintas a doer, rasgadas pelo vento e partidas pela queda. Voltas a sentir a sensação estranha e incómoda de estar em contacto com o chão, e tens medo de voltar a andar. Por momentos isso parece-te estranho e confuso.
- Mas se...
- Os "se" são como os as traças. Vão comendo aos poucos e poucos. Deixam-te o fato cheio de buracos e quando dás por ti estás nu perante todos, e por mais que tentes esconder a tua vergonha por te mostrares inteiro, não és capaz, e andas com dificuldade até ao primeiro esconderijo que encontrares dentro de ti.
- Esperavas...
- Talvez. Confesso-te que sim, que acreditei ser possível continuar lá por cima a pairar e a deixar-me levar pelas correntes do vento quente, talvez tornar-me uma ave migratória e só voltar na primavera, mas não aconteceu assim.
- E...
- E agora? Arrancar o resto das asas pela raiz e deixar que as feridas fechem sem deixar uma cicatriz muito feia. Esquecer-me por uns tempos, ou talvez de vez que andei lá por cima a olhar cá para baixo.
- Se te pedisse ensinavas-me a voar?
- Preferia não o fazer. Sabes, não é por má vontade, mas deixei de acreditar em contos de fadas e histórias de encantar...


quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Estados de alma...Gostos e desilusões

É engraçado como passamos da euforia é depressão e vice versa num instante.
Vem isto a respeito do que me aconteceu nestes dias...
Na passada semana, eufórico porque a selecção de futebol jogaria dois jogos em Lisboa, tentei comprar os bilhetes, tendo inclusivamente me deslocado ás bilheteiras dos respectivos estádios (Euforia)....nos dois sitios a mesma coisa...os bilhetes que eu queria, já estavam esgotados (Depressão)....
Hoje, realizados que estão os dois jogos, sinto-me feliz....feliz porque afinal não perdi grande coisa (mete vergonha mesmo o que se passou)...mais feliz ainda porque os meus preciosos euros continuavam na carteira, prontos para serem gastos em coisas mais importantes...
Assim sendo, e porque me faz confusão ter dinheiro na carteira, acabei de comprar bilhetes para o teatro...acho que será mais bem gasto ali...
A peça chama-se "MONTY PYTHON - Os Melhores Sketches" e os actores António Feio, José Pedro Gomes, Miguel Guilherme, Bruno Nogueira e Jorge Mourato...juntos numa sucessão imparável de Skteches dos Monty Python traduzidos e adaptados por Nuno Markl.
Digam lá que não escolhi bem????........

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Pessoas

Gosto de observar as pessoas...as mulheres claro...ver os pequenos pormenores...a madeixa que cai para a cara e que num gesto mecanico é reposta no sitio...o olhar vivo e decidido ou amorfo e sem esperança...o pequeno tique de a tudo resmungar...a maneira de vestir, a cor, a medida.
Serei voyeur? Ou aquele timido que tudo observa e nada pratica?....
Tem a outra face....o ser observado....modéstia á parte, sinto-me muitas vezes observado...faz bem ao ego...eleva-me a auto-estima...sorrio....talvez de medo....
Nisto tudo em que vivemos, não existe contacto nenhum...os próprios vizinhos sao uns estranhos...Bom dia, Boa noite....e é só.
Dou por mim a observar e a imaginar como será a vida daquela pessoa...pouco acertarei de certeza....certo tenho que, nunca é, como se expõe...
Aqui outras interrogações se levantam....a grande maioria tem vida dupla...será correcto enganarmo-nos a nós próprios? Porque nunca estamos satisfeitos com o que temos? Será para isto que vivemos? Será que viver é assim tão importante? Ou será mais importante enganar tudo e todos?
Vivemos num estado de enganos....e quem não o faz, está fora...game over.



segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Alma gémea

Ontem li que o acto de colocar a mão à frente da boca quando se boceja tem raízes na mitologia popular, já que antigamente se acreditava que assim se impedia a alma de sair do corpo.
Não deixa de ser engraçado verificar que, como tudo o resto na vida, mesmo os gestos mais simples e banais têm uma explicação. E esta história da alma permite-nos perceber o dia-a-dia de outras maneiras.
Quem leu o Alquimista e outros que tais conhece (se acredita ou não já é outra história...), sabe a história da formação das Almas. Primeiro só existia uma, que se dividiu e deu origem a outra e assim por diante até existir uma infinidade de Almas.
Assim, a cada Alma corresponde uma Alma-gémea que vive num qualquer corpo, numa qualquer pessoa, cabendo a cada um de nós encontrar essa pessoa e essa Alma que nos completa.
Por isso, na próxima vez no metro ou no autocarro, ao balcão de um bar ou na fila do supermercado, se virem alguém que vos faça sentir aquele aperto no estômago e o sangue quente nas veias, as ideias a fugirem e a garganta a ficar seca, não se atrapalhem...Cheguem-se ao pé da pessoa e bocejem discretamente, mas deixem a vossa Alma sair - nem que seja só um bocadinho, por causa da boa-educação. É que as Almas estão sempre à procura da sua metade, que pode estar aqui ou ali ou em qualquer lado; por isso, se a pessoa em questão for a tal, irá bocejar em resposta e deixar a sua Alma correr para a vossa.
E aí soltem as amarras...sejam felizes...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A maquina vai engrenar....

Depois de muitas frustrações, de anos passados, de o quase nao passar a definitivo, de pensar e repensar, da preguiça vencer...de tanto e de tão pouco...agora vai andar, vai avançar.
Com a expectativa e o desejo em alta, irei começar, finalmente, a realizar um dos meus desejos...pois é, que chatice, aqui a escrever e a não dizer nada.
Então é assim....este menino vai recomeçar a estudar. É claro que ainda não entrei...falta a prova de acesso e a entrevista..mas tenho fé que tudo correrá bem.
Em Outubro lá estarei na 1ª aula (não me posso esquecer de comprar os lápis de cor).
Que curso é? Gestão Empresarial - que é a area na qual estou profissionalmente.
Qual a universidade? Universidade Atlântica. Muito boas informações recolhi. Tem um contra.....é privada...paga-se...e como todo o bom português não me apetecia muito. Mas, nas públicas deixei passar os prazos...como quero começar este ano, tem que ser assim.
Vai correr bem.....de volta aos bancos de escola....lembro-me muito bem do 1º dia de escola..seis anitos e a entrar na escola pela mão da mãe.
Curioso que passados 25 anos, se por acaso fosse preciso, lá estaria a minha mãe para me dar a mão novamente....
Adoro-te mãe...és a melhor.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Má imagem

Gosto de escrever...
Pena que só escreva quando estou em baixo.....sinto e recebo feedback disso....passo uma imagem um pouco errada de mim....vou tentar escrever também nos tempos bons...nos dias de sol.
Sei que nada de extraordinário tenho...mas tenho-me a mim...e se não gostar, mais dificil fica.
...aproveitar,sorrir,ousar,fazer......vou tentar...

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Parado... e de costas para o movimento

Escrever num espaço destes exige que tenhamos disponibilidade para nos despirmos. Há dias em que isso nos é agradável e há dias em que assim não é. Nesses dias vestimos mais roupa, escondemos melhor a pele e escrevemos sobre outras coisas.
Quanto mais o tempo passa por mim, menos graça acho ao facto de me passear nu aos olhos dos outros. Sinto-me feio demais para isso e não quero incomodar ninguém com a minha fealdade. Começo a não dizer nada àqueles que me dizem muito e esse é o primeiro sintoma da minha decrepitude.
Se já pensei em pedir ajuda? Já. Mas sou tão narcisista que não encontro ninguém com competência profissional para tal (para além de ter de ser de borla).
Tenho pouco para dizer e mesmo esse pouco não cabe num espaço como este.
Lembram-se da frase "Sou tão bom que até meto nojo"? Pois é... foi amputada. Agora só é válida a última metade.
A última coisa que quero é que pensem em comiseração, pena, análise. Não pensem, divirtam-se. Vão jantar, conversem sobre tudo e nada, abracem-se, não escondam a pele uns dos outros.
Eu por cá ficarei... ou não.

domingo, 26 de agosto de 2007

A sombra da sombra

Só sei que o tempo passa. Não sei por onde. Pelas ruas. Da amargura, parece-me. Os limões caem e a chuva apodrece. Ácida e acutilante. Cintilantes só as estrelas. De cinema. No escuro sem pestanejar choro sem saber a sal. Sem saber que já durmo. Acordo sem me lembrar de rir. Rio. Mar. Ondas. Mergulho no sono. Outra vez. Sonho de uma noite qualquer. Sózinha comigo. O ar penetra em mim em estado líquido. Evaporo e perco a sombra no sonho. A poça no chão é a sombra. Materializei e mergulho na sombra. Nado. Morto. Não estou só. Há uma sombra. De dúvida.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Simplesmente eu...

Apetece-me escrever sobre mim, enfim ás vezes dá-me para isto...
Pois cá vai...
Ás vezes também não sei muito bem o que sou, duvido da minha inteligência, das minhas atitudes se são ou não as mais correctas, do meu modo de ver a realidade (a minha realidade), tenho dias cinzentos muito cinzentos ás vezes quase pretos, e nesses dias eu sei que sou horrível, sei que existem poucas pessoas com paciência para me aturar, habitualmente digo que nem com manual de instruções alguém me conseguia entender.
Mas felizmente "o meu inverno" nunca dura muito, normalmente tento pintar os meus dias de azul e penso que sou uma pessoa ponderada, que sabe o que quer, que quando toma uma atitude ela é ponderada ás vezes até á exaustão, portanto o risco de falhar é menor, acho eu...
Sinto que tenho tanto para aprender, para melhorar, para me entender melhor, para evoluir e para não deixar nunca, nem ao de leve, que me tentem fazer sentir cidadão de 2ª...sinto que qualquer dia isto explodirá...sinto que qualquer dia posso olhar para trás e sentir o conforto de observar mais uma decisão acertada...oxalá os Deuses nunca me abandonem...
Fiquem bem...

A poesia de um olhar

Olhar para lá da realidade numa correria desenfreada entre o limite do que é a realidade e do que é o sonho.
Que conseguimos nós ver? O que estamos a ver? Vemos o físico ou vemos o pensamento preconcebido do que estamos a ver? Será que não vemos apenas aquilo que queremos ver nos outros? Projectamos sonhos e fantasias nos outros e vemos isso!
Nós criamos ideias e pensamentos, mas eles serão a realidade? Quem não me conhece, como imaginará que eu sou? E será que depois de vermos uma pessoa, não estamos ainda com ideia preconcebidas?
Quando nos apaixonamos será que não estamos a projectar nos outros aquilo que idealizámos em sonhos? E depois o que acontece quando há o desencontro entre a princesa de sonho e a mulher de realidade?
O que é afinal a realidade do que é uma determinada pessoa e aquilo que nós queremos que ela seja?

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Evoluir...

Evoluir como ser humano através do sofrimento e evoluir como ser humano sem sofrimento.
É uma frase que levanta uma questão fundamental: qual é o factor necessário ao ser humano para poder evoluir? Será mesmo necessário sofrer para termos a mola necessária a esse desenvolvimento?
Todos sabem que a grande maioria das pessoas que têm um acidente ou algo assim de muito grave nas suas vidas e que implique um grande sofrimento, são pessoas que, em muitos casos, modificam as suas vidas duma forma radical, quer em termos de atitude perante a vida, quer em termos de objectivos de vida. Evoluem como seres humanos, tornam-se melhores seres humanos...
De repente apercebem-se que até aí a vida não tinha muito sentido, que existia um enorme vazio. E tornam-se mais tolerantes, mais benevolentes, mais generosos, mais bondosos...No fundo apercebem-se de que a sua felicidade passa e muito pela felicidade dos outros.
Houve um factor mobilis e essas pessoas acordaram para a vida através dum aumento de sensibilidade para eles próprios e para os outros .
A questão é:
Porque não acordar, porque não evoluirmos como seres humanos, sem necessidade desse factor mobilis chamado sofrimento? Não será muito mais positivo? Não será até mais gratificante? E não será mesmo a evolução como seres humanos o objectivo da vida?

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Solidão

Solidão nao é falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...isso é carencia...
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isso é saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, ás vezes, para realinhar os pensamentos... isso é equilibrio.
Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... isso é um principio da natureza.
Solidão não é vazio de gente ao nosso lado... isso é circunstância.
Solidão é muito mais do que isto.


Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa Alma.
(Autor desconhecido)

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Ideias, gostos e convicções...

Procuro ser eu, ser melhor, procuro encontrar-me no meio desta selva... A ideia de estar contente com o que temos não me faz feliz... A ideia de viver sem objectivos, parece-me um inferno. Acima de tudo quere crescer, aprender, evoluir... Quero viver... Adoro pensar em situações inóquas e sem qualquer sentido prático a não ser o prazer de fazerem sentido na minha cabeça... Quero acordar todos os dias, feliz por estar a fazer algo que adoro, aprender, compreender... Adoro sentir a sensação de compreender pela primeira vez, um conceito, uma pessoa, uma ideia, um sonho. Gosto de juntar as peças do puzzle que é esta nossa vida e aproveitar todos os bocadinhos desta fantástica viagem....Detesto errar...mas é fundamental para aprender...Detesto dogmas, pessoas que nao vêm para alêm da ponta do seu nariz...Detesto a ignorância de uma guerra...Não gosto de hipocrisias, pessoas sem sentido moral e com ideias pequenas....Gosto de olhar para trás e aprender com toda a história da humanidade...Gosto dos meus amigos...Gosto da minha familia...Detesto favas e repolho...Adoro os olhos das pessoas e aquilo que eles nos podem dizer....

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Coisas simples que nos dizem muito

Estou assustado.....pela 1º vez desde que está cá em casa, a minha Yasmin não está bem. Algo se passa numa patita.
Tenho dias que não a vejo, entretida anda na varanda ao sol...mas recordo agora que já passaram 4 anos desde que veio comigo de África. Lembro-me de vir escondida na viagem, o tremor de passar pela polícia no corredor "Nada a declarar" do aeroporto.
Adaptou-se bem.....longos meses de hibernação, para depois no quente do ano não parar quieta...
Vou agora procurar um veterinário...
Eu sei lá agora que tipo de veterinário trata um animal daqueles...ai a minha sorte.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Contradições.....

Isto de se ir de um extremo ao outro é cansativo....mas também divertido.
Tanto se está no fundo, como parece que voamos....sim, existe um factor de equilíbrio, o qual por mim nunca foi descoberto.
Pensando bem, talvez seja melhor assim que andar sempre na mesma linha...um gráfico com uma linha sempre na mesma, é monótono...agora com altos e baixos chama mais a atenção...ou como a máquina a que um doente no hospital está ligado...a morte resumida numa linha contínua...a vida com picos e saltos da mesma.
É isso, altos e baixos.....aproveitar bem os altos....quando os baixos vierem que se lixe....arcaremos com eles...detesto pessoas que não aproveitam os altos, com medo dos baixos que se poderão seguir...
Sinto que estou a subir, até á próxima queda.....sei também que lá em cima, é tudo mais simples...então aproveite-se, porque as complicações somos nós que as críamos consciente ou inconscientemente.
Vou aproveitar...agora que os fantasmas foram de férias....

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Fantasmas...

Sentado, sozinho, olhos fechados.....ouço vezes sem conta Pedro Abrunhosa e sempre a mesma música...."Quem me leva os meus fantasmas".
Porque não me deixam vocês??? Que piada tem andarem sempre a perseguirem-me??? Porque não escolhem outra pessoa??? Anos e anos nisto....doi sentir que me estou a conformar a viver com eles...
Pergunto-me onde está a minha força....porque não os espanto???? Porquê esta vida, porquê este sentir???
Que é preciso para mudar??? que click terá que existir??? Estou perdido...não agora, mas sempre...quero paz...quero vegetar por aí, sem nada a incomodar-me....quero ser como muitos...limitar-me a viver...
Se Existes, dá-me uma coça...faz-me abrir os olhos....Tira-me deste filme.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Desejo

O desejo não morre sozinho: matamo-lo.
A golpes de sabre e de baioneta, a rajadas de gê três, a copázios de veneno para ratos, seiscentos e cinco forte. Agarramo-lo pelo pescoço e estrafegamo-lo; enforcamo-lo num nó corredio e regozijamo-nos, enquanto balança e paira sobre nós, roxotumefacto. Decapitamo-lo, a cabeça aos pés do inimigo em jeito de triunfo, e estacamo-lo em cheio no coração, empalando-lhe os ais. Cortamo-lo pela raíz e desmembramo-lo, para logo a seguir o enterrarmos e o deixarmos a apodrecer na cova do apaziguamento.
Mesmo assim, ele ressuscita a espaços, para nos atazanar o juízo, moer a pacatez dos dias e nos aterrorizar os sentidos, com um passo mecânico de zombie e a humanidade ausente do seu olho esquerdo vazio.
O desejo: o verdadeiro protagonista dos filmes gore que são todas as histórias que se crêem de Amor, feitas de corações aos pulos e sustos na cadeira por entre baldes (de água fria) de pipocas.
Vejo-o ao longe, os braços esticados na minha direcção, as unhas engalfinhadas e sujas da terra dos mortos, perseguindo-me e babando-se, sedento de carne viva. A minha.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Interrogações....

Porque é que não substituem todas as escadas por rampas para que não fiquemos com aquela sensação de incómodo cada vez que as utilizamos?
A prostituição de luxo também tem mais procura em tempos de crise?
As pessoas que vestem tamanho XL não compram roupa nos saldos?
Um bife às cinco da tarde é lanche ou jantar?
As portas giratórias rangem?
Há motards sem tatuagens?
Em qualquer cidade, vila ou aldeia de Portugal a parte velha é sempre mais bonita do que a nova?
"Agitar antes de abrir" não é uma redundância?
As pessoas que não balançam os braços ao andar fazem-no por preguiça ou estilo?
Existem diferentes níveis de infidelidade? E a escala é a mesma para homens e mulheres?
É por o trânsito nas rotundas ser feito no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio que um país como o nosso está tão atrasado?
Não há homens com anorexia?
Quanto mais gente no elevador, maior o silêncio?
Se os amigos são para as ocasiões, onde estavam eles quando decidi comprar um aquário?
Porque é que as consultas são por ordem de marcação quando sou dos primeiros a chegar, mas quando me atraso são por ordem de chegada?
Um blog cheio de "sexo", "orgasmos", "prazer" "tesão", "três seguidas", "queca" e "ejacular" é invariavelmente escrito por uma mulher?
Em caso de ameaça de bomba no Jardim Zoológico, para onde são evacuados os animais?
As pilhas não incluídas também se embrulham?
A partir das 10 da noite as conversas ao fundo das escadas são sempre sobre amores e desamores?
Também controlam o número de produtos que os clientes à vossa frente nas caixas "até 15 unidades" trazem no cesto?

sábado, 14 de julho de 2007

A que te cheira o amor?

O amor cheira a papoilas saltitantes em campos de algodão doce, regados com sumo de framboesa.
Cheira a limão doce, a bolo de chocolate saído do forno, a rosas, a um estufado qualquer temperado a gosto...
Tem cheiro, cheiro dos sentimentos que transbordam, cheiro da paixão...forte e doce...cheiro que escreve a caneta de fogo o nosso coração!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Ciúmes

Quando há um exagero de possessão, como nos ciúmes excessivos, onde o outro é totalmente controlado e poucos passos são dados sem serem observados e controlados, não existe liberdade pessoal, que na minha perspectiva passa por ter uma vida própria, amigos seus, ter espaço, ter privacidade...no fundo ser respeitado.
Já agora, não será o ciúme também uma forma de manipular? O ciúme pode ser, sem dúvida, um acto manipulador... Ou apenas irreflectida insegurança...
Já agora...
E se a submissão for activa (assumida) e não consequência?
O acto de manipular ganha outra dimensão!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Orgulho

Alguns de nós prefere permanecer em silêncio, quer por não nos sentirmos capazes de enfrentar as circunstâncias, ou porque cremos estar a um nível mais elevado.
Muitas das vezes é o orgulho que não nos deixa quebrar o silêncio, mas o orgulho, quando em demasia, é algo que nos vai corroendo lentamente a alma.
Se levarmos demasiado tempo a enfrentá-lo, e a vencê-lo, poderemos nunca alcançar o que queremos para a nossa vida.
Pensem nisto...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Ai que cócegas...

Desde que nascemos sentimos necessidade de ser tocados e mimados por aqueles que nos dão amor, conforto, carinho e que cuidam de nós e que também brincam connosco, nos fazem rir e, consequentemente, nos dão prazer.
As cócegas fazem parte desses rituais afectivos seguidos pelos pais, avós, enfim pelas figuras queridas à criança e tornam-se, em princípio, uma brincadeira, um jogo. Como tal, a excitação pela espera das cócegas (que hão-de vir) fazem-nos rir e tentar escapar porque isso (a fuga) também faz parte do ritual – jogo do prazer.
À medida que crescemos e começamos a ter consciência da nossa sexualidade (que existe desde a nascença) o “jogo das cócegas” pode tomar também esse sentido de erotismo e prazer. Isso poderá, eventualmente, “aterrorizar-nos” porque, estando inseridos numa sociedade que ainda acha que sentir prazer é pecado, tentamos evitar o contacto físico através das cócegas e fugir a esse prazer de que podemos desfrutar enquanto crianças.
Não fujam...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Para voar...

É preciso criar espaço livre para que as asas se possam abrir. É como atirar-se de pára-quedas:
precisas de uma certa altura antes de saltar.
Para voar, é preciso começar por correr riscos. Se assim não quiseres, será porventura melhor resignares-te e continuares a caminhar para sempre.
Penso que encaixa bem aqui uma citação do filósofo alemão Johann Gottlieb Fichte que diz
“ O entusiasta vence sempre o apático. Não é a força do braço, nem as armas, mas a força da alma que alcança a vitória”

Alguém sabe?

Porque é que durante o percurso das nossas vidas, muitas das vezes temos tendência a fazer o contrário do que desejamos?
E porque é que durante o percurso das nossas vidas, muitas das vezes desejamos fazer, o que supostamente, não deveríamos?

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Falta-nos sempre qualquer coisa

Que aconteceria se a luz entrasse nas nossas vidas e nos apercebêssemos, de repente, de que as nossas noventa e nove moedas constituem cem por cento do tesouro?
Que não nos falta nada, que ninguém nos tirou nada, que não é mais redondo o número cem do que o noventa e nove. Que isso é apenas uma ratoeira, uma cenoura que nos puseram diante do nariz, para sermos estúpidos, para puxarmos a carroça, cansados, mal-humorados, infelizes e resignados.
Uma ratoeira para que nunca deixemos de puxar e para que tudo continue na mesma! Quantas coisas mudariam se pudéssemos desfrutar dos nossos tesouros tal como são? Mas cuidado!
Reconhecer que em noventa e nove existe um tesouro, não significa que se deva abandonar os nossos objectivos.
Não quer dizer que tenhamos de conformarmo-nos seja com o que for.
Porque aceitar é uma coisa e resignar é outra.

É triste não ter amigos?

Ainda mais triste é não ter inimigos!

Porque, quem não tem inimigos, é sinal que não tem:
Nem talento que faça sombra,
Nem carácter que impressione,
Nem coragem para que o temam,
Nem honra contra a qual murmurem,
Nem bens que lhe cobicem,
Nem coisa alguma que lhe invejem..."

(Voltaire)

domingo, 1 de julho de 2007

Ter que mudar cansa...

Mudar dá trabalho!
Implica diversas coisas, diversas pessoas, implica a nossa vida, o nosso passado. Por isso se torna mais prático deixarmo-nos estar, não nos aventurarmos em mudanças...mas assim, temos o retorno do comodismo; Não vivemos completos, vivemos agarrados a algo que já não nos preenche na totalidade e vivemos agarrados à imagem ou à idealização do que poderia ser a nossa vida se mudássemos...
E porquê agimos assim? Somos masoquistas? Ou seremos cobardes?
Quem tem medo de arriscar, acaba por vezes, por perder grandes oportunidades.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Abençoado pecado

O erotismo que vivemos, hoje, na alimentação e na sexualidade acaba por ritualizar a satisfação de necessidades vitais comuns a todos os animais, apesar de o homem, ao contrário de outros animais, preferir satisfazer a necessidade alimentar, evitando morrer à fome.
Cozinhar para um parceiro, jantar no silêncio da noite, são formas sensuais de retirar prazer do prazer que damos aos outros e na partilha de momentos intimos únicos. No entanto, a aversão dos humanos aos excessos, depressa rodeou o desejo de tabus, muitos dos quais sobreviveram ao tempo, sob a forma de censura e de outros mecanismos de renúncia social.
A própria religião instituiu a gula e a luxúria no livro negro dos pecados mortais. Mas se nos alimentassemos apenas de frutos silvestres e copulássemos com inocência, muitos poemas teriam ficado por escrever e os Sete Pecados mortais não incluiriam a gula e a luxúria, aumentando significativamente, o número de candidatos à felicidade tranquila no Paraíso.
Por isso, e por tudo o mais...façam todos os pecados possíveis e imaginários...sejam vivos, sintam-se vivos.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Quem és tu?

É mesmo a questão de assumir quem somos que pode trazer problemas. Eu sei quem sou!
Mas será que me mostro sempre tal e qual sou?...Ou vamos compondo com o que somos, e com o que pensamos que os outros pensam que nós somos?!!!
Sei mesmo quem sou!
Não sei como os outros me vêem.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

“ódios de estimação”

Injustiça
Quem me conhece bem, sabe perfeitamente que este é o meu maior ódio de estimação. Não compreendo a injustiça e não sei lidar com ela.
Parcialidade
Aqui está outra coisa que não aceito, seja em que circunstância for. Não gosto de pessoas ou situações tendenciosas.
Irresponsabilidade
Não entendo a falta de responsabilidade, a falta de compromisso. É um determinante da personalidade.
Impontualidade
Ai que isto dá-me cabo da cabeça. Fico irritado com a falta de pontualidade. Considero um desrespeito para quem espera.
Egoísmo
Felizmente convivo com muitos amigos generosos, talvez por isso me faça confusão reconhecer em alguns um olhar unicamente para os seus interesses em detrimento dos alheios.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Dias menos bons...

Limpando a poeira ao tempo, tiramos como magos de uma cartola dias que já são ontem, e ficamos a o olhar para o nosso umbigo.
De que somos feitos nós?
Somos feitos desses dias, somos feitos de uma matéria composta por sorrisos partidos a metade e misturados com uma pitada de lágrima. Acrescente-se ainda um pouco de ervas doces de sentimentos dispersos, cozinha-se em lume brando e está pronto a servir.
Acompanhe com um bom tinto de preferência alentejano...

sábado, 16 de junho de 2007

Histórias

Por vezes as histórias misturam-se entre si, tornam-se complexas e temos a necessidade de parar um pouco. Pensar sobre elas, olhar para elas, tocá-las, sentir o que elas são, para poder continuar a contá-las.
As histórias nunca chegam realmente a um fim, existe sempre um continuum, um depois, um a seguir após um entretanto. Se pensarmos bem, as histórias nascem e renascem no seu próprio seio, na sua própria vontade e não na do seu contador.
Elas, as histórias, possuem vontade própria, são caprichosas, teimosas, senhoras do seu próprio nariz. Envolvem-se e deixam-se amar, apenas por quem elas escolhem, desprezando sempre aquele que mais as ama, o seu contador.
Irónico não é?
Falemos um pouco mais de histórias. Aquelas que são memórias e recordações como as de este contador, são de humor volúvel, instáveis. Frutos de insónias; velhos medos; dores escondidas em sufoco; mas também sorrisos e dias especiais, em que se fala de alguém que se ama, ou do abraço que alguém nos deixou um dia mas que ainda nos conforta. Histórias de memórias todas elas em harmoniosa confusão. Todas elas a querer ser contadas ao mesmo tempo, à mesma hora, e como o próprio tempo é efémero, as próprias histórias temem o seu destino e por isso vivem em ansiedade.
E o que deve ser feito?
Parar um pouco, reflectir, sentar à mesma mesa histórias e contador, todos em silêncio, fazer que façam as pazes, e que histórias não sejam apenas amadas pelo contador, mas que amem também um pouco do mesmo. As recordações de cada um constroiem um passado, são parte de um presente e determinam o dia de amanhã de quem fala com elas, de quem se senta ao seu lado, de quem no fim de contas, as conta. Não são apenas histórias, são tempo do nosso tempo, são parte do nosso todo, e quando nós já não formos, elas ficarão no todos de outros.
Nós somos como o tempo, efémeros, as nossas histórias talvez não.

A vida é um jogo

Temos jogadores mais ou menos batoteiros, consciente ou inconscientemente; Temos o tabuleiro ou cenário que varia de acordo com as circunstâncias; Temos as regras que regem a nossa sociedade, que uns acatam, outros nem por isso; Temos a sorte que também tem a conotação de destino ou fado. Como princípio acho que a sorte deve ser procurada e não ser considerada como oportunidade ou revês aleatório.
As regras condicionam e limitam, mas felizmente temos a amizade, o amor e a paixão que devemos exponenciar. O tabuleiro é circunstancial e como tal temos que nos saber adaptar constantemente o melhor possível.
Os jogadores são o factor mais imprevisível de todos, mas ao mesmo tempo aquele que nos pode estimular mais para que o jogo continue a fazer sentido.
Temos jogo ???

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Sexo

Não me interpretem mal, nem me vejam como um tarado.
Provavelmente, daqui a pouco tempo, irá surgir um novo blog deste bichinho amoroso. Depois de várias conversas, sugestões e críticas, vou dar seguimento ao que amiude me têm pedido.
Assim sendo, irá surgir um blog para maiores de 18 anos...
Desde já aviso que não sou responsável pelos calores que poderão acontecer e também que não me importarei pelo que pensarão sobre mim.
É claro que este novo projecto tem um objectivo principal...será revelado daqui a algum tempo.
Para já, será um blog fechado a meia dúzia de pessoas....existirá uma evolução gradual, no acesso ao mesmo.
"Sexo é hereditário...se não fossem nossos pais, nós não estavamos aqui."

Conversa inútil entre mãos analfabetas

O tocar apenas não implica que sintas o que as mãos querem dizer, os gestos não tem forma de palavras e a sua voz é um toque inconstante entre o rouco e o grito.
Espalhar as minhas mãos pelas tuas e misturar-me com a tua pele e o teu corpo não me dá as respostas suficientes, talvez as minhas mãos não entendam a voz do movimento do teu corpo, talvez as minhas mãos não consigam formar frases e palavras com a tua pele arrepiada aos suspiros do meu toque, talvez as minhas mãos não entendam o frio que assusta o seu calor.
Talvez elas não saibam ler o livro do teu corpo, as folhas escritas ao acaso por gestos que não possuem qualquer sentido se lidos por umas mãos que não as tuas, talvez elas apenas finjam não entender e me escondam tudo num gesto de segredo...

terça-feira, 12 de junho de 2007

Como uma avestruz...

A timidez é um sintoma de insegurança e vulnerabilidade provocado por sentimentos de inibição no relacionamento com os outros. Para superar qualquer tipo de ansiedade social devemos aprender o que os peritos denominam de “estratégias de exposição”, que consistem basicamente em não fugir das situações que nos provocam temor. Para a maioria das pessoas, o rubor, as palpitações, a transpiração, o tremor são sintomas habituais de tensão ou nervosismo, mas quando se evitam as situações devido ao medo, então isso é mau sinal.
Há quem se envergonhe perante o mais pequeno contratempo e quem não se detenha perante nada.
Por isso, para alguns a timidez é mera cobardia e para outros, simples prudência.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Abstinência

Pergunto-me sempre o que será a abstinência sexual. Numa relação amorosa onde é que começa o que já não é abstinência? O que é que podem fazer? Será que há um código de conduta para este clube que diz o que é ou não permitido? Por exemplo, pode-se dar as mãos? E beijinhos na face? E beijos na boca? Com ou sem língua? E no pescoço? Será que podem tocar no parceiro ou na parceira? Onde? Quem define o que é que é sexo? Ou será que só não podem enfiar aquilo no outro? Nesse caso será que podem aviar-se sozinhos, à mão?

Similaridades

Comecei a perceber como são banais as nossas ideias e sentimentos enquanto pessoas, e quantas mil vezes são sentidos ao dia e pelos mais variados “tipos” de pessoas. A alegria da suprema tia de Cascais ao ver a sua nova mala Louis Vuitton pode ser a mesma de um puto de Chelas ao receber o par novo de Air-Max.
Mas não se consegue projectar esta ideia simultaneamente aos dois extremos opostos da “escala social” e fazê-los ver quão ridiculamente semelhantes eles são. E eles continuam sem saber.
E o puto do Chelas olha de lado para a tia de Cascais quando vão os dois frente a frente no comboio e a tia de Cascais olha de lado para todos nós, “puq sim sê lá”.

sábado, 9 de junho de 2007

Portas para outro lado...

Numas mãos ensanguentadas, um prazer quente de te ver morrer, de ver como os teus olhos ficam secos e suspensos no último rosto que irás ver, o meu.
A tua morte entrelaçada nos meus dedos cheira a medo, mistura-se com o teu perfume a campo e príncipios de carne morta. O aroma delicia-me e abre-me o apetite de te matar uma e outra vez. Despedaçar o teu corpo e espalhá-lo pelos cantos da casa como ambientadores com cheiro a morte e pitadas de saudade.
Com o teu sangue salpico as paredes dando lugar a um novo género de pintura, talvez um pós- modernismo macabro, uma pintura feita de restos de ti.
Amputo as mãos do teu cadáver e faço delas maçanetas para as portas da sala escura que tu detestas, aquela sala de paredes negras de humidade com apenas uma cadeira ao centro e uma mesa com um cinzeiro em repouso.
Uma janela para o interior do meu próprio inferno pessoal.
A tua carcaça irá servir de espanta espíritos...

sexta-feira, 8 de junho de 2007

O encontro do antes e do depois...

O antes e o depois não podem ter lugar num espaço comum, seria o fim do conceito de tempo...Há muitos anos que não entrava naquele local. Uma pastelaria dos meus tempos de estudante de secundário. Pedi um café e uma água. O dono da pastelaria, o mesmo que tantas vezes me emprestava a mim e aos meus amigos um baralho de cartas para jogarmos à sueca entre horas livres e aquelas que nós fazíamos ser livres, acenou-me um meio sorriso simpático e olhou-me como se a minha cara não lhe fosse estranha, mas a incerteza talvez não lhe tenha permitido fazer-me qualquer pergunta.
Sentei-me nas mesas da sala de dentro, o “cantinho dos fumadores”, e senti-me estranho, mentiria se dissesse que me sentia como há anos atrás entre uma torrada e um galão e um maço de tabaco comprado a meias com um amigo no primeiro intervalo da manhã. Não, não me senti assim, senti que o tempo passou, mesmo as mesas sendo as mesmas, mesmo o dono mantendo o seu sorriso simpático, mesmo que na mesa ao lado da minha houvessem 4 putos a jogar à sueca com um maço de tabaco acabado de abrir, senti que o tempo passou e senti que ali, apenas restavam fragmentos de um eu tão distante de quem hoje sou.
Bebi o meu café, bebi a minha água, fumei o meu cigarro, paguei com uma moeda de 1 euro e um boa tarde obrigado e saí. Antes nunca saíria dali sem um pacote de pipas para comer nas aulas de História, ou um punhado de rebuçados que deixavam a língua vermelha, tudo com apenas uma moeda de 100 escudos ou menos.
Entrei na minha antiga escola, também já há alguns anos que não o fazia. Os mesmos corredores, aquele cheiro estranho que nunca consegui entender o que era, mas que se espalhava pelos corredores e entrava pelas salas adentro, que se entranhava nas mesas e nas cadeiras, nos quadros de giz, nos livros de ponto, na voz dos professores, na minha mochila, na minha roupa, nos meus colegas, que se espalhava por toda a parte. Entreguei-me em passos pelo pátio da escola. Os cantos e recantos de antes, já não existem... os bancos de madeira de tantas manhãs e tardes, estes são outros, estes não guardam as conversas intermináveis entre amigos, os desabafos, os namoros entre aulas, muitas das minhas lágrimas, tantas e tantas gargalhadas e sorrisos dos mais diversos feitios e cores.
Cruzei-me com um pouco de mim por aqui e por acolá, mas não creio que me tenha reconhecido, não creio que fizesse sentido sequer falarmos, quanto mais que esse meu eu me tivesse reconhecido e se tivesse dirigido a mim com um aperto de mão e me pedisse um cigarro ou lume depois de uma aula de educação física. Não faria sentido.
Não sei o que lhe diria se ele agora me perguntasse sobre os sonhos de antes, os medos, o que faço agora, se amo alguém, se sou feliz, se consegui o queria, não sei. Talvez lhe mentisse sobre algumas coisas e talvez dissesse a verdade sobre outras, ou então omitiria algumas coisas, talvez apenas me limitasse a sorrir e dissesse para esperar mais um pouco, tudo a seu tempo, não sei, sinceramente não sei.
Saí pelo portão de sempre, antes do toque de saída, e não voltei a pé para casa como antes entre “um grupo de raparigas e rapazes”.
Fui de carro, sozinho.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Quieta

As palavras que nos correm nos ouvidos magoam como se de agulhas se tratassem.Podem picar e fazer sangue enquanto nos corroem a vontade... Chega-te aqui mais perto, temos tempo, chega mais perto deixa que te toque... Vou olhar-te nos olhos, bem fundo, quero esses segredos, quero... Dá-me essa mão, quero tocar esses dedos frios e vazios, dá-me essa mão para colocar sobre a minha, dá-me... Estavas a dizer o quê? Desculpa mas não ouvi, está muito barulho aqui, o vazio não nos deixa acabar esta conversa em que tu só falas... Cala-te um pouco tu também, deixa-me falar agora, também tenho algo a dizer... Aqui que ninguém nos ouvem que ninguém sabe onde estamos, em que ninguém sabe que tempo é este, que queres tu de mim? Não olhes para o relógio, atrasei-o, por isso esquece, pois não vais chegar a tempo, se é que ainda te lembras do caminho de volta, eu não... Tens tabaco? Sim, acabei de fumar agora, mas apetece-me outro cigarro, o que queres que faça? De alguma forma havemos de morrer, hoje ou amanhã...mortos já nós estamos mas ainda não viste isso, ainda não percebeste, os teus olhos apenas olham para o teu umbigo...Estás assustada? Mas de que tens medo? Não me conheces? Parece que nunca me viste ali, ali naquele canto...Olha vem ai alguém, ouço passos, está à alguém à porta...
-O que estás a fazer? Falas sozinho outra vez?
-Não, cala-te e não me chateies...tens lume? Onde vamos hoje?

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Sentimentos ao rubro

O coração bate descontrolado e a respiração torna-se ofegante. O rosto muda de cor, as mãos transpiram e os músculos fazem estremecer o corpo, parece que de repente nos encontramos noutra dimensão, não sabemos o que pensar, ou melhor, não pensamos.
Segue-se um estado de consciência no qual nos apercebemos do que estamos a sentir e, ficamos espantados como o nosso corpo reage involuntariamente a uma qualquer coisa que até então não sabíamos que nos dizia tanto.
Quem nunca se sentiu assim…

terça-feira, 5 de junho de 2007

Do Lat. Impulsu...

Os impulsos, quaisquer que eles sejam, são sempre irracionais e incontroláveis!... as tentativas de controlar os impulsos, conduzem quase sempre à frustração!...É estranho como, por vezes, é o corpo que nos controla totalmente, que nos impele para algo que, circunstancialmente, nunca nos faria parar, olhar, sentir. As coisas que nos dizem tanto, tanto mais do que seria de esperar, são quase sempre aquelas que nos vêm parar às mãos de uma forma simples, directa.
O que fazer com elas?

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Relação

Um dos problemas da nossa atitude desmistificadora, atenta contra toda a tradição cultural baseada em que com o casamento se resolve tudo. Todas as histórias de amor terminam com um final feliz. Tal como se julga que os filhos resolvem os problemas de afecto do casal, quando na realidade, com a vinda destes, surgem novos problemas, e muitas vezes os anteriores agravam.
O casal é um caminho novo, um desafio. Com ele tudo começa, excepto uma coisa: a fantasia de uma vida ideal sem problemas. É duro ter de deixar de lado as nossas fantasias sobre o que poderia ser. Normalmente, quando se dá conta que não é assim, começa a “odiar-se o culpado”. O que se deve esperar do outro é um companheiro no nosso caminho, na vida, alguém que dê alento e que por sua vez receba alento com a nossa presença. Mas, sobretudo, alguém que não interfira no nosso caminho de vida.
O pior das crenças é que se supõe que buscamos a nossa outra metade. Porque não tentarmos encontrar alguém inteiro em vez de nos conformarmos com alguém partido pela metade? O amor constrói-se entre seres inteiros que se encontram, não entre duas metades que precisam uma da outra para se sentir completas. Quando precisamos do outro para subsistir, a relação torna-se dependente. E, na dependência, não se pode escolher. E sem escolha, não há liberdade. E sem liberdade não há amor verdadeiro. E sem amor verdadeiro, poderá até haver matrimónio, mas não haverá casal.

domingo, 3 de junho de 2007

Excêntricos

Originais, esquisitos, extravagantes, caprichosos. Alguns vestem-se de forma extravagante, outros dedicam-se a construir inventos estranhos.
Excentricidade não é obrigatoriamente sinónimo de loucura, mas sim de criatividade, inteligência e felicidade fora do comum.
Geralmente são pessoas extremamente inconformistas e criativas, costumam ter cinco ou seis paixões e vícios diferentes. Reconhecem-se a eles mesmos como diferentes. Têm uma inteligência superior à média, ainda que pouco convencional. Não se importam com o que os outros pensam sobre eles. Têm, normalmente, um humor bastante peculiar e por vezes difícil de entender.
São quase sempre geniais.
É bom viver rodeado de pessoas assim...

sábado, 2 de junho de 2007

Hora certa

Um eclipse solar, uma montanha de gelo, o som de baleias ou milhares de pássaros voando para África: a Natureza tem destas coisas. Para as podermos admirar é necessário uma boa dose de sorte e estar lá, no sítio exacto, no momento próprio. Mas não é só com a Natureza, também ao longo da nossa vida é assim; encontros, desencontros, chegamos por vezes adiantados e por outras vezes, atrasados...então, atreve-te a estar à hora certa no local certo...

São instantes....

...que nos marcam intensamente, pequenos prazeres que não esquecemos ou sentimentos mais duradouros que nos transmitem tranquilidade, ou será apenas a soma de pequenos nadas? Uma coisa parece certa: é mais fácil enumerar coisas que nos fazem felizes do que encontrar uma definição para essa satisfação, tão intensa e ténue, simultaneamente, que é a felicidade.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Pa Sempres...

Que acontece entre os para sempres? Os livros, os filmes, os amigos. O trabalho, o dinheiro, a casa, as noites. As tardes de domingo no parque, as compras no supermercado tranquilo. A razão. Os minutos, os cafés. O cinismo, os problemas de comunicação do multibanco, a vontade irreprimível de voltar a saltar. Os prazos de validade das coisas que guardamos no frigorífico. As fotografias. Os estendais de roupa. O nome das ruas que nunca descemos.
Nada mal...

Relações

Acredito que o conceito das lojas de roupa se deveria aplicar às relações sociais. Com provadores de pessoas, diferentes tamanhos de cada modelo, cores e a possibilidade última de se mandar sempre fazer uns arranjos, que levantaríamos ao cabo de três dias.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Vida...

A vida é uma sucessão de vírus. Se nascemos não como tabula rasa, mas com uma natureza anterior à moral (assim Rousseau permita), pura e em estado bruto, tudo o que lhe sucede são coisas que contraímos: o vírus do certo e do errado que, depois, degenera no bem e no mal; o vírus da fé que pode passar com a idade ou tomar-nos conta do cérebro e dos gestos; os vírus da vontade, da culpa, do projecto, do fracasso, da confiança; o vírus feroz do amor que, amiúde, conduz a um estado terminal de cinismo; o vírus da política, da solidão, da necessidade, que tentamos curar com doses desmesuradas de auto-suficiência; o vírus de querer partir, que evolui para o de querer voltar a casa; o vírus de nos querermos multiplicar, de querer o abismo, de querer sair da cama, de querer recomeçar, de não querer mais nada.
No final, a felicidade não pode, pois, significar mais que a putrefacção. Se havemos de ser tragados, lentamente, pelos bichos que deglutam um corpo jazendo ao sol infectado de histórias, para que tudo se propague de novo e de modo fácil, contra a saúde inodora das máquinas e das constituições.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

amigos?! amigos...

Já não sei no que acreditar, não havendo manual algum (não que eu seja muito de ligar a manuais), mas um guia universalmente conhecido, em que pudessemos evitar os mesmos erros...não acredito que o mal não seja só meu de acabar sempre por confiar nas pessoas erradas.
Quando não passava do diz-que-disse, quando era tudo até um certo ponto justificável; agora quando por puro recalcamento e falta de personalidade se tenta arruinar uma das poucas amizades que faz sentido na minha vida, aí já se trata de uma coisa completamente diferente. Agora aprendam desde já uma coisa: não conseguem. Aprende-se com muita custa (se para vocês foi fácil, gostaria muito de saber) e com desgostos sucessivos que os amigos se contam pelos dedos da mão e que embora a coisa mais penosa seja perder alguém que assim se considerava, é extremamente gratificante olhar para trás e poder delinear todo um caminho percorrido por duas pessoas que apenas sentiram vontade de estar uma com o outra, sem cobranças, dando e nunca esperando receber.
Costumava acreditar que o tempo fazia uma amizade, mas aprendi que as correntes do tempo não prendem os amigos mais que ilusoriamente, tornando-se em algo demasiado abstrato para se poder assentar uma amizade. Os meus amigos conto-os pelos dedos das mãos (e não preenchem as duas mãos) e cada um tenho a certeza do porquê de estar ali. Já perdemos demasiado tempo a brincar aos amigos por conveniência. A única coisa que quero evitar a todo o custo é negar à partida más experiências passadas.
Quanto aos que perdi, alguns ainda estou a tentar descobrir porquê, outros tenho a certeza do mal que me fizeram (mas mesmo assim custa muito às vezes), mas a última coisa que quero é relembrar tudo isso agora...

domingo, 27 de maio de 2007

Aqui e agora!

Apesar da maioria preferir fazer amor na cama, não há um sítio melhor que outro, tudo depende da relação do casal e da duração da relação, das características que se prendem com os próprios lugares e também das fantasias eróticas que preenchem o imaginário das mulheres e dos homens.
Cada casal tem as suas próprias fantasias relativamente a diferentes lugares. O que para uns pode ser excitante, para outros poderá parecer ridículo. A grande parte das vezes, o que condiciona a escolha do local onde se faz amor diz respeito à natureza da relação, à parte de esta ser estável ou esporádica, a idade do casal conta muito.
Os sexólogos defendem que o facto de se fazer amor em locais “proibidos” ou pouco convencionais, aumenta a excitação e apimenta a relação.
Pobre do amor a quem a fantasia abandona...

sábado, 26 de maio de 2007

Somos únicos ?

A natureza cria exemplares únicos e cada um com as suas diferenças irrepetíveis…Mas uma coisa é certa, por vezes é em segundos que o nosso coração dispara e o sangue fervilha, pois são essas diferenças que nos atraem e inconscientemente conseguimos em milhões de "exemplares únicos" filtrar as suas diferenças e optar por uma só - quando menos se espera e por quem alguma vez nunca se pensou !
A felicidade não existe, o que existe são "orgasmos" de adrenalina, de satisfação, de entusiasmo e de realização pessoal que nos provocam sensações de prazer de intensidade variável. O corolário dessas sensações deverá ser a criação de um estado de auto-estima elevado, o ego em alta e, sentir que existem elos com outras pessoas importantes para a nossa vida fazer sentido.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

A fábrica dos sonhos

Os sonhos provocam-nos sensações ligadas a afectos e, que por vezes, nos fazem acordar repentinamente, seja com angústia que não sabemos a que é devida, seja a um sentimento de bem-estar. Ao acordarmos, essas sensações fortes vão ser “traduzidas” por nós, vamos tentar dar-lhes um sentido e até lembrar-nos do que sonhámos. No entanto, nem sempre é assim, pois, os sonhos decorrem enquanto dormimos, tranquilamente e servem para que, durante este período, alguns problemas sejam elaborados pelo nosso inconsciente, posto que esse não dorme.
Por outro lado, a repressão e o recalque são muito o mentor do sonho e dos seus conteúdos. Quanto mais se recalca, maior é a intromissão desses determinados conteúdos nos sonhos.
Segundo os especialistas, cerca de 4 a 10% dos sonhos que temos têm um conteúdo erótico. A maioria destes, longe de serem um reflexo do que acontece durante o tempo em que estamos acordados, cumpre uma função compensatória nos períodos de maior abstinência sexual. Da mesma forma que todos nós sonhamos, o conteúdo desses sonhos reflecte as coisas que mais recalcamos, como os pensamentos, os desejos, os encontros, a culpa, etc., pelo que é normal que muitos sejam de conteúdo erótico.
Outra coisa é lembrarmo-nos desses sonhos, especialmente quando são coisas que acordados, a maioria de nós, não faria. Há, porém, um outro tipo de “sonhos” bem conscientes e do domínio da nossa vontade, a que chamamos fantasias. Quando bem geridas, podem ser deveras importantes no desenrolar da vida afectiva e sexual.
E como diria William Shakespeare “Nós somos o tecido de que são feitos os sonhos”

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Eu próprio

Todos temos a sensação de ter um Eu próprio, razão e vontade.
Temos a sensação de provocar o que fazemos. Ainda que seja decepcionante, mas correcto chamar-lhe ilusão, é um erro considerar trivial essa ilusão. Pelo contrário, o conjunto das nossas ilusões, amontoadas sobre os processos mentais de que emergem, é o material com que se constrói a psicologia humana e a vida em sociedade.
Só a sensação de ter uma vontade consciente nos permite resolver problemas, como a pergunta sobre quem somos como indivíduos, o que somos capazes de fazer e o que não somos, e valorizar moralmente se o que fazemos é correcto ou incorrecto.
Grandes transformações acontecem...

terça-feira, 22 de maio de 2007

Odeio...

Que me toquem no(s) braço(s) quando estão a falar comigo; falar com alguém sabendo que este não ouve; dias muito quentes quando se está longe da praia; ter o quarto desarrumado mas não ter vontade de o arrumar; desabafar com alguém que diz sempre que tudo já lhe aconteceu ou ainda pior com alguém que diz que está sempre pior; aquelas pessoas que dizem que estão gordas/parvas/mal-vestidas (tudo coisas super-interessantes) só para lhes responderem "não 'tás NADA!"; sentir-me a mais para um sítio onde fui convidada; estar maldisposta/triste mas ninguém reparar; as pessoas que a meio de um raciocínio dizem "esquece"; as pessoas que passam por cima das poças cheias de água quando eu vou no passeio; as poças no geral; mentiras ou meias-verdades; que olhem para mim com ar de superiores ou pior ainda com ar de nojo; ficar em casa quando me apetece sair; quando a minha mãe começa a falar em inglês; que me tratem por nomes que odeio (e quem me conhece sabe bem quais são); não chegarem a horas e deixarem-me a espera; o tempo que parece que goza connosco; o destino que ainda ajuda à festa . .
Talvez me lembre de mais coisas depois...

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Erros

Por muito que tentes apagar os erros do passado, apagando todos os seus vestígios físicos, quando os há, e tentando encobrir as memórias com outras memórias ou sonhos, nunca isso será possível. Porque existirão sempre pessoas que se lembram. E há sempre qualquer coisa que faz com que determinada lembrança nos volte à superfície. E os físicos existem às centenas e para não esbarrar com um é preciso muita sorte.
Por isso se diz que apenas nos resta aprender com os erros e se possível não os fazer de novo. Reparei já ao longo desta minha até agora breve experiência como pessoa que há erros intrínsecos à nossa pessoa como ser-se demasiado condescendente, demasiado generoso, todas as demasias, ou de escolhermos para o pé de nós pessoas de um certo tipo que não é o que queremos como amigos mas não conseguimos evitar.
E quanto a esses, o que fazemos?

domingo, 20 de maio de 2007

Gosto das pessoas!

Gosto de olhá-las, gosto de ver como riem, como falam, como se movem. Gosto de ver a expressão nos olhos… estes dizem tudo. Gosto de seduzir, não na perspectiva de ser sensual, mas de cativar, conhecer as pessoas. Gosto de pessoas que me captam a atenção, por um ou outro motivo. Gosto da sinergia que existe entre nós, e por algumas das pessoas que vão passando e fazendo parte da nossa vida. Gosto de pessoas fortes, com garra, com bom humor, educadas, abertas, dadas, sem preconceitos, sem grandes moralismos, sem demasiadas regras, com uma visão da vida não demasiado a sério. Gosto das pessoas que simplesmente gostam das coisas boas da vida.

sábado, 19 de maio de 2007

Giz

Estão duas luzes acesas, as duas projectadas na parede. Uma delas mostra caracteres desconhecidos aos demais, a outra ilumina de cima dois rectângulos de ardósia.
O actor dança e agita o giz, ao mesmo tempo que desenha sobre os quadros de ardósia belas figuras como as que balançam na parede.
A audiência absorta não tira os olhos do actor, a não ser para fazer o eventual apontamento, ou tenta copiar o que ilustra os rectângulos de ardósia. Quem passa pela entrada não percebe a magia desta peça, e é impossível transmiti-la.
Os que lá estão dentro tentam captá-la mas a muito custo, muitos não relacionam o brilho no olhar do actor com os caracteres que desenha, outros nem sequer o vêm. Porque é raro o actor enfrentar o público, mergulhado na escuridão do não saber, enquanto as luzes que sobre ele posam apenas realçam o seu saber.
Ele tem uma varinha. Mostra o desenho projectado sobre o branco cru da parede e depois tenta desmistificá-lo. Não faz magia. A magia está nos desenhos. A magia dos números numa aula comum.
Como podem dizer que não é belo este saber ?

Já é tarde para mudar…

Esta é uma frase que ouvimos muitas vezes e acreditamos nela, porque aprendemos que é assim. Somos o que somos e não há muito a fazer. Mas será que é mesmo assim, ou pelo contrário, nunca é tarde para mudar?
Ninguém pode ser escravo da sua identidade. Quando surge uma oportunidade de mudança, há que mudar. Mudar é viver, ou viver é mudar e, ser perfeito equivale a ter mudado muitas vezes…digo eu…
Ainda bem que mudei!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Imaginar os pais em pleno acto sexual !!!

A ideia, por certo não agrada a muitos. A maioria das crianças acredita que os pais não o fazem.
Os adolescentes acham a imagem, no mínimo “nojenta”. Tão complicado como isto é comparar os nossos hábitos com os deles. Poucos acreditam que os pais possam praticar algum tipo de sexo mais imaginativo do que a famosa “posição de missionário”. E não vale a pena continuar nesta linha de pensamento à procura de práticas menos comuns…
A negação da sexualidade dos pais faz parte do processo evolutivo humano.