segunda-feira, 30 de julho de 2007

Fantasmas...

Sentado, sozinho, olhos fechados.....ouço vezes sem conta Pedro Abrunhosa e sempre a mesma música...."Quem me leva os meus fantasmas".
Porque não me deixam vocês??? Que piada tem andarem sempre a perseguirem-me??? Porque não escolhem outra pessoa??? Anos e anos nisto....doi sentir que me estou a conformar a viver com eles...
Pergunto-me onde está a minha força....porque não os espanto???? Porquê esta vida, porquê este sentir???
Que é preciso para mudar??? que click terá que existir??? Estou perdido...não agora, mas sempre...quero paz...quero vegetar por aí, sem nada a incomodar-me....quero ser como muitos...limitar-me a viver...
Se Existes, dá-me uma coça...faz-me abrir os olhos....Tira-me deste filme.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Desejo

O desejo não morre sozinho: matamo-lo.
A golpes de sabre e de baioneta, a rajadas de gê três, a copázios de veneno para ratos, seiscentos e cinco forte. Agarramo-lo pelo pescoço e estrafegamo-lo; enforcamo-lo num nó corredio e regozijamo-nos, enquanto balança e paira sobre nós, roxotumefacto. Decapitamo-lo, a cabeça aos pés do inimigo em jeito de triunfo, e estacamo-lo em cheio no coração, empalando-lhe os ais. Cortamo-lo pela raíz e desmembramo-lo, para logo a seguir o enterrarmos e o deixarmos a apodrecer na cova do apaziguamento.
Mesmo assim, ele ressuscita a espaços, para nos atazanar o juízo, moer a pacatez dos dias e nos aterrorizar os sentidos, com um passo mecânico de zombie e a humanidade ausente do seu olho esquerdo vazio.
O desejo: o verdadeiro protagonista dos filmes gore que são todas as histórias que se crêem de Amor, feitas de corações aos pulos e sustos na cadeira por entre baldes (de água fria) de pipocas.
Vejo-o ao longe, os braços esticados na minha direcção, as unhas engalfinhadas e sujas da terra dos mortos, perseguindo-me e babando-se, sedento de carne viva. A minha.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Interrogações....

Porque é que não substituem todas as escadas por rampas para que não fiquemos com aquela sensação de incómodo cada vez que as utilizamos?
A prostituição de luxo também tem mais procura em tempos de crise?
As pessoas que vestem tamanho XL não compram roupa nos saldos?
Um bife às cinco da tarde é lanche ou jantar?
As portas giratórias rangem?
Há motards sem tatuagens?
Em qualquer cidade, vila ou aldeia de Portugal a parte velha é sempre mais bonita do que a nova?
"Agitar antes de abrir" não é uma redundância?
As pessoas que não balançam os braços ao andar fazem-no por preguiça ou estilo?
Existem diferentes níveis de infidelidade? E a escala é a mesma para homens e mulheres?
É por o trânsito nas rotundas ser feito no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio que um país como o nosso está tão atrasado?
Não há homens com anorexia?
Quanto mais gente no elevador, maior o silêncio?
Se os amigos são para as ocasiões, onde estavam eles quando decidi comprar um aquário?
Porque é que as consultas são por ordem de marcação quando sou dos primeiros a chegar, mas quando me atraso são por ordem de chegada?
Um blog cheio de "sexo", "orgasmos", "prazer" "tesão", "três seguidas", "queca" e "ejacular" é invariavelmente escrito por uma mulher?
Em caso de ameaça de bomba no Jardim Zoológico, para onde são evacuados os animais?
As pilhas não incluídas também se embrulham?
A partir das 10 da noite as conversas ao fundo das escadas são sempre sobre amores e desamores?
Também controlam o número de produtos que os clientes à vossa frente nas caixas "até 15 unidades" trazem no cesto?

sábado, 14 de julho de 2007

A que te cheira o amor?

O amor cheira a papoilas saltitantes em campos de algodão doce, regados com sumo de framboesa.
Cheira a limão doce, a bolo de chocolate saído do forno, a rosas, a um estufado qualquer temperado a gosto...
Tem cheiro, cheiro dos sentimentos que transbordam, cheiro da paixão...forte e doce...cheiro que escreve a caneta de fogo o nosso coração!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Ciúmes

Quando há um exagero de possessão, como nos ciúmes excessivos, onde o outro é totalmente controlado e poucos passos são dados sem serem observados e controlados, não existe liberdade pessoal, que na minha perspectiva passa por ter uma vida própria, amigos seus, ter espaço, ter privacidade...no fundo ser respeitado.
Já agora, não será o ciúme também uma forma de manipular? O ciúme pode ser, sem dúvida, um acto manipulador... Ou apenas irreflectida insegurança...
Já agora...
E se a submissão for activa (assumida) e não consequência?
O acto de manipular ganha outra dimensão!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Orgulho

Alguns de nós prefere permanecer em silêncio, quer por não nos sentirmos capazes de enfrentar as circunstâncias, ou porque cremos estar a um nível mais elevado.
Muitas das vezes é o orgulho que não nos deixa quebrar o silêncio, mas o orgulho, quando em demasia, é algo que nos vai corroendo lentamente a alma.
Se levarmos demasiado tempo a enfrentá-lo, e a vencê-lo, poderemos nunca alcançar o que queremos para a nossa vida.
Pensem nisto...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Ai que cócegas...

Desde que nascemos sentimos necessidade de ser tocados e mimados por aqueles que nos dão amor, conforto, carinho e que cuidam de nós e que também brincam connosco, nos fazem rir e, consequentemente, nos dão prazer.
As cócegas fazem parte desses rituais afectivos seguidos pelos pais, avós, enfim pelas figuras queridas à criança e tornam-se, em princípio, uma brincadeira, um jogo. Como tal, a excitação pela espera das cócegas (que hão-de vir) fazem-nos rir e tentar escapar porque isso (a fuga) também faz parte do ritual – jogo do prazer.
À medida que crescemos e começamos a ter consciência da nossa sexualidade (que existe desde a nascença) o “jogo das cócegas” pode tomar também esse sentido de erotismo e prazer. Isso poderá, eventualmente, “aterrorizar-nos” porque, estando inseridos numa sociedade que ainda acha que sentir prazer é pecado, tentamos evitar o contacto físico através das cócegas e fugir a esse prazer de que podemos desfrutar enquanto crianças.
Não fujam...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Para voar...

É preciso criar espaço livre para que as asas se possam abrir. É como atirar-se de pára-quedas:
precisas de uma certa altura antes de saltar.
Para voar, é preciso começar por correr riscos. Se assim não quiseres, será porventura melhor resignares-te e continuares a caminhar para sempre.
Penso que encaixa bem aqui uma citação do filósofo alemão Johann Gottlieb Fichte que diz
“ O entusiasta vence sempre o apático. Não é a força do braço, nem as armas, mas a força da alma que alcança a vitória”

Alguém sabe?

Porque é que durante o percurso das nossas vidas, muitas das vezes temos tendência a fazer o contrário do que desejamos?
E porque é que durante o percurso das nossas vidas, muitas das vezes desejamos fazer, o que supostamente, não deveríamos?

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Falta-nos sempre qualquer coisa

Que aconteceria se a luz entrasse nas nossas vidas e nos apercebêssemos, de repente, de que as nossas noventa e nove moedas constituem cem por cento do tesouro?
Que não nos falta nada, que ninguém nos tirou nada, que não é mais redondo o número cem do que o noventa e nove. Que isso é apenas uma ratoeira, uma cenoura que nos puseram diante do nariz, para sermos estúpidos, para puxarmos a carroça, cansados, mal-humorados, infelizes e resignados.
Uma ratoeira para que nunca deixemos de puxar e para que tudo continue na mesma! Quantas coisas mudariam se pudéssemos desfrutar dos nossos tesouros tal como são? Mas cuidado!
Reconhecer que em noventa e nove existe um tesouro, não significa que se deva abandonar os nossos objectivos.
Não quer dizer que tenhamos de conformarmo-nos seja com o que for.
Porque aceitar é uma coisa e resignar é outra.

É triste não ter amigos?

Ainda mais triste é não ter inimigos!

Porque, quem não tem inimigos, é sinal que não tem:
Nem talento que faça sombra,
Nem carácter que impressione,
Nem coragem para que o temam,
Nem honra contra a qual murmurem,
Nem bens que lhe cobicem,
Nem coisa alguma que lhe invejem..."

(Voltaire)

domingo, 1 de julho de 2007

Ter que mudar cansa...

Mudar dá trabalho!
Implica diversas coisas, diversas pessoas, implica a nossa vida, o nosso passado. Por isso se torna mais prático deixarmo-nos estar, não nos aventurarmos em mudanças...mas assim, temos o retorno do comodismo; Não vivemos completos, vivemos agarrados a algo que já não nos preenche na totalidade e vivemos agarrados à imagem ou à idealização do que poderia ser a nossa vida se mudássemos...
E porquê agimos assim? Somos masoquistas? Ou seremos cobardes?
Quem tem medo de arriscar, acaba por vezes, por perder grandes oportunidades.