quinta-feira, 31 de maio de 2007

Pa Sempres...

Que acontece entre os para sempres? Os livros, os filmes, os amigos. O trabalho, o dinheiro, a casa, as noites. As tardes de domingo no parque, as compras no supermercado tranquilo. A razão. Os minutos, os cafés. O cinismo, os problemas de comunicação do multibanco, a vontade irreprimível de voltar a saltar. Os prazos de validade das coisas que guardamos no frigorífico. As fotografias. Os estendais de roupa. O nome das ruas que nunca descemos.
Nada mal...

Relações

Acredito que o conceito das lojas de roupa se deveria aplicar às relações sociais. Com provadores de pessoas, diferentes tamanhos de cada modelo, cores e a possibilidade última de se mandar sempre fazer uns arranjos, que levantaríamos ao cabo de três dias.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Vida...

A vida é uma sucessão de vírus. Se nascemos não como tabula rasa, mas com uma natureza anterior à moral (assim Rousseau permita), pura e em estado bruto, tudo o que lhe sucede são coisas que contraímos: o vírus do certo e do errado que, depois, degenera no bem e no mal; o vírus da fé que pode passar com a idade ou tomar-nos conta do cérebro e dos gestos; os vírus da vontade, da culpa, do projecto, do fracasso, da confiança; o vírus feroz do amor que, amiúde, conduz a um estado terminal de cinismo; o vírus da política, da solidão, da necessidade, que tentamos curar com doses desmesuradas de auto-suficiência; o vírus de querer partir, que evolui para o de querer voltar a casa; o vírus de nos querermos multiplicar, de querer o abismo, de querer sair da cama, de querer recomeçar, de não querer mais nada.
No final, a felicidade não pode, pois, significar mais que a putrefacção. Se havemos de ser tragados, lentamente, pelos bichos que deglutam um corpo jazendo ao sol infectado de histórias, para que tudo se propague de novo e de modo fácil, contra a saúde inodora das máquinas e das constituições.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

amigos?! amigos...

Já não sei no que acreditar, não havendo manual algum (não que eu seja muito de ligar a manuais), mas um guia universalmente conhecido, em que pudessemos evitar os mesmos erros...não acredito que o mal não seja só meu de acabar sempre por confiar nas pessoas erradas.
Quando não passava do diz-que-disse, quando era tudo até um certo ponto justificável; agora quando por puro recalcamento e falta de personalidade se tenta arruinar uma das poucas amizades que faz sentido na minha vida, aí já se trata de uma coisa completamente diferente. Agora aprendam desde já uma coisa: não conseguem. Aprende-se com muita custa (se para vocês foi fácil, gostaria muito de saber) e com desgostos sucessivos que os amigos se contam pelos dedos da mão e que embora a coisa mais penosa seja perder alguém que assim se considerava, é extremamente gratificante olhar para trás e poder delinear todo um caminho percorrido por duas pessoas que apenas sentiram vontade de estar uma com o outra, sem cobranças, dando e nunca esperando receber.
Costumava acreditar que o tempo fazia uma amizade, mas aprendi que as correntes do tempo não prendem os amigos mais que ilusoriamente, tornando-se em algo demasiado abstrato para se poder assentar uma amizade. Os meus amigos conto-os pelos dedos das mãos (e não preenchem as duas mãos) e cada um tenho a certeza do porquê de estar ali. Já perdemos demasiado tempo a brincar aos amigos por conveniência. A única coisa que quero evitar a todo o custo é negar à partida más experiências passadas.
Quanto aos que perdi, alguns ainda estou a tentar descobrir porquê, outros tenho a certeza do mal que me fizeram (mas mesmo assim custa muito às vezes), mas a última coisa que quero é relembrar tudo isso agora...

domingo, 27 de maio de 2007

Aqui e agora!

Apesar da maioria preferir fazer amor na cama, não há um sítio melhor que outro, tudo depende da relação do casal e da duração da relação, das características que se prendem com os próprios lugares e também das fantasias eróticas que preenchem o imaginário das mulheres e dos homens.
Cada casal tem as suas próprias fantasias relativamente a diferentes lugares. O que para uns pode ser excitante, para outros poderá parecer ridículo. A grande parte das vezes, o que condiciona a escolha do local onde se faz amor diz respeito à natureza da relação, à parte de esta ser estável ou esporádica, a idade do casal conta muito.
Os sexólogos defendem que o facto de se fazer amor em locais “proibidos” ou pouco convencionais, aumenta a excitação e apimenta a relação.
Pobre do amor a quem a fantasia abandona...

sábado, 26 de maio de 2007

Somos únicos ?

A natureza cria exemplares únicos e cada um com as suas diferenças irrepetíveis…Mas uma coisa é certa, por vezes é em segundos que o nosso coração dispara e o sangue fervilha, pois são essas diferenças que nos atraem e inconscientemente conseguimos em milhões de "exemplares únicos" filtrar as suas diferenças e optar por uma só - quando menos se espera e por quem alguma vez nunca se pensou !
A felicidade não existe, o que existe são "orgasmos" de adrenalina, de satisfação, de entusiasmo e de realização pessoal que nos provocam sensações de prazer de intensidade variável. O corolário dessas sensações deverá ser a criação de um estado de auto-estima elevado, o ego em alta e, sentir que existem elos com outras pessoas importantes para a nossa vida fazer sentido.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

A fábrica dos sonhos

Os sonhos provocam-nos sensações ligadas a afectos e, que por vezes, nos fazem acordar repentinamente, seja com angústia que não sabemos a que é devida, seja a um sentimento de bem-estar. Ao acordarmos, essas sensações fortes vão ser “traduzidas” por nós, vamos tentar dar-lhes um sentido e até lembrar-nos do que sonhámos. No entanto, nem sempre é assim, pois, os sonhos decorrem enquanto dormimos, tranquilamente e servem para que, durante este período, alguns problemas sejam elaborados pelo nosso inconsciente, posto que esse não dorme.
Por outro lado, a repressão e o recalque são muito o mentor do sonho e dos seus conteúdos. Quanto mais se recalca, maior é a intromissão desses determinados conteúdos nos sonhos.
Segundo os especialistas, cerca de 4 a 10% dos sonhos que temos têm um conteúdo erótico. A maioria destes, longe de serem um reflexo do que acontece durante o tempo em que estamos acordados, cumpre uma função compensatória nos períodos de maior abstinência sexual. Da mesma forma que todos nós sonhamos, o conteúdo desses sonhos reflecte as coisas que mais recalcamos, como os pensamentos, os desejos, os encontros, a culpa, etc., pelo que é normal que muitos sejam de conteúdo erótico.
Outra coisa é lembrarmo-nos desses sonhos, especialmente quando são coisas que acordados, a maioria de nós, não faria. Há, porém, um outro tipo de “sonhos” bem conscientes e do domínio da nossa vontade, a que chamamos fantasias. Quando bem geridas, podem ser deveras importantes no desenrolar da vida afectiva e sexual.
E como diria William Shakespeare “Nós somos o tecido de que são feitos os sonhos”

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Eu próprio

Todos temos a sensação de ter um Eu próprio, razão e vontade.
Temos a sensação de provocar o que fazemos. Ainda que seja decepcionante, mas correcto chamar-lhe ilusão, é um erro considerar trivial essa ilusão. Pelo contrário, o conjunto das nossas ilusões, amontoadas sobre os processos mentais de que emergem, é o material com que se constrói a psicologia humana e a vida em sociedade.
Só a sensação de ter uma vontade consciente nos permite resolver problemas, como a pergunta sobre quem somos como indivíduos, o que somos capazes de fazer e o que não somos, e valorizar moralmente se o que fazemos é correcto ou incorrecto.
Grandes transformações acontecem...

terça-feira, 22 de maio de 2007

Odeio...

Que me toquem no(s) braço(s) quando estão a falar comigo; falar com alguém sabendo que este não ouve; dias muito quentes quando se está longe da praia; ter o quarto desarrumado mas não ter vontade de o arrumar; desabafar com alguém que diz sempre que tudo já lhe aconteceu ou ainda pior com alguém que diz que está sempre pior; aquelas pessoas que dizem que estão gordas/parvas/mal-vestidas (tudo coisas super-interessantes) só para lhes responderem "não 'tás NADA!"; sentir-me a mais para um sítio onde fui convidada; estar maldisposta/triste mas ninguém reparar; as pessoas que a meio de um raciocínio dizem "esquece"; as pessoas que passam por cima das poças cheias de água quando eu vou no passeio; as poças no geral; mentiras ou meias-verdades; que olhem para mim com ar de superiores ou pior ainda com ar de nojo; ficar em casa quando me apetece sair; quando a minha mãe começa a falar em inglês; que me tratem por nomes que odeio (e quem me conhece sabe bem quais são); não chegarem a horas e deixarem-me a espera; o tempo que parece que goza connosco; o destino que ainda ajuda à festa . .
Talvez me lembre de mais coisas depois...

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Erros

Por muito que tentes apagar os erros do passado, apagando todos os seus vestígios físicos, quando os há, e tentando encobrir as memórias com outras memórias ou sonhos, nunca isso será possível. Porque existirão sempre pessoas que se lembram. E há sempre qualquer coisa que faz com que determinada lembrança nos volte à superfície. E os físicos existem às centenas e para não esbarrar com um é preciso muita sorte.
Por isso se diz que apenas nos resta aprender com os erros e se possível não os fazer de novo. Reparei já ao longo desta minha até agora breve experiência como pessoa que há erros intrínsecos à nossa pessoa como ser-se demasiado condescendente, demasiado generoso, todas as demasias, ou de escolhermos para o pé de nós pessoas de um certo tipo que não é o que queremos como amigos mas não conseguimos evitar.
E quanto a esses, o que fazemos?

domingo, 20 de maio de 2007

Gosto das pessoas!

Gosto de olhá-las, gosto de ver como riem, como falam, como se movem. Gosto de ver a expressão nos olhos… estes dizem tudo. Gosto de seduzir, não na perspectiva de ser sensual, mas de cativar, conhecer as pessoas. Gosto de pessoas que me captam a atenção, por um ou outro motivo. Gosto da sinergia que existe entre nós, e por algumas das pessoas que vão passando e fazendo parte da nossa vida. Gosto de pessoas fortes, com garra, com bom humor, educadas, abertas, dadas, sem preconceitos, sem grandes moralismos, sem demasiadas regras, com uma visão da vida não demasiado a sério. Gosto das pessoas que simplesmente gostam das coisas boas da vida.

sábado, 19 de maio de 2007

Giz

Estão duas luzes acesas, as duas projectadas na parede. Uma delas mostra caracteres desconhecidos aos demais, a outra ilumina de cima dois rectângulos de ardósia.
O actor dança e agita o giz, ao mesmo tempo que desenha sobre os quadros de ardósia belas figuras como as que balançam na parede.
A audiência absorta não tira os olhos do actor, a não ser para fazer o eventual apontamento, ou tenta copiar o que ilustra os rectângulos de ardósia. Quem passa pela entrada não percebe a magia desta peça, e é impossível transmiti-la.
Os que lá estão dentro tentam captá-la mas a muito custo, muitos não relacionam o brilho no olhar do actor com os caracteres que desenha, outros nem sequer o vêm. Porque é raro o actor enfrentar o público, mergulhado na escuridão do não saber, enquanto as luzes que sobre ele posam apenas realçam o seu saber.
Ele tem uma varinha. Mostra o desenho projectado sobre o branco cru da parede e depois tenta desmistificá-lo. Não faz magia. A magia está nos desenhos. A magia dos números numa aula comum.
Como podem dizer que não é belo este saber ?

Já é tarde para mudar…

Esta é uma frase que ouvimos muitas vezes e acreditamos nela, porque aprendemos que é assim. Somos o que somos e não há muito a fazer. Mas será que é mesmo assim, ou pelo contrário, nunca é tarde para mudar?
Ninguém pode ser escravo da sua identidade. Quando surge uma oportunidade de mudança, há que mudar. Mudar é viver, ou viver é mudar e, ser perfeito equivale a ter mudado muitas vezes…digo eu…
Ainda bem que mudei!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Imaginar os pais em pleno acto sexual !!!

A ideia, por certo não agrada a muitos. A maioria das crianças acredita que os pais não o fazem.
Os adolescentes acham a imagem, no mínimo “nojenta”. Tão complicado como isto é comparar os nossos hábitos com os deles. Poucos acreditam que os pais possam praticar algum tipo de sexo mais imaginativo do que a famosa “posição de missionário”. E não vale a pena continuar nesta linha de pensamento à procura de práticas menos comuns…
A negação da sexualidade dos pais faz parte do processo evolutivo humano.

Eu tenho um feeling…

Não sabemos definir muito bem. Às vezes é a certeza de que o caminho a seguir só pode ser aquele, ainda que nada pareça sustentar essa opção. É aquele feeling de que já encontrámos a resposta, ou mesmo a “visão” do que irá acontecer. Pensamos em alguém e, de uma maneira ou de outra, essa pessoa dá um sinal. Por vezes conseguimos quase prever situações, acções ou atitudes de alguém e, ficamos espantados face ao inexplicável dessa intuição.
Todos temos ou só alguns têm?

terça-feira, 15 de maio de 2007

Analisando...

Sim, mudei!
Eu sei que mudei, mas não sei porque mudei!
Mas ainda bem que mudei!
É um facto que tenho vindo ao longo dos últimos dois anos a sentir uma grande transformação. Tenho para mim que mudei para melhor, mas também sei que esta mudança não é fácil para alguns que me rodeiam…alguns estranham.
Sinto-me outra pessoa, com uma visão da vida mais soft, sem recriminações, com mais tranquilidade, tento analisar o porquê dos acontecimentos, e consigo agora, ver sempre o lado positivo do que vai acontecendo à minha volta.
Sinto-me mais alegre, mais optimista, mais tolerante, mais valorizado, com uma visão bem mais aberta sobre a vida…posso dizer até que me sinto mais novo agora, do que quando realmente o era!
Disse um dia que gosto das coisas complicadas da vida, mas estou a aprender que são as coisas complicadas da vida, que me dão estímulo para levar desta vida, algo mais que simplesmente ter andado por cá.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

sábado, 12 de maio de 2007

Escrever...porquê?

A meu ver todos os sentimentos e sensações possíveis e imaginários já foram postos em papel ou numa música, coloriram uma história ou um quadro. Sobre o que escrever então ? A arte virou-se para o abstracto, na tentativa desesperada de captar o inimaginável ou de provocar no seu espectador uma nova sensação. Mas não se pode escrever sobre o nada. Porquê escrever então ? Então nós, meros bloggers sem quaisquer ambições de nos tornar escritores.
Parei de escrever para o descobrir. Não encontrei essa razão, mas senti uma enorme saudade de escrever.
Porquê? Sei lá!

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Situações

Gosto de não fazer o que esperam de mim quando sinto que não fazem o que eu espero deles. Simples hum? Pena é que é tudo uma grande porcaria. Sinto a areia a escorrer na ampulheta gigante que a nossa vida, em última análise, é. Todos os dias são enjoativamente iguais ao anterior. As pessoas que cruzam o meu caminho todos os dias, embora simpáticas, não me dizem o suficiente para conseguirem tornar qualquer dia num diferente e especial.
Cada vez gosto mais de mim...

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Chuva

Sento-me à janela e vejo esta chuva imensa a cair. Imagino que cada gota simboliza a vida de alguém cuja vida se passou na Terra, mas há tempo demais para sempre lembrado.
Por isso haverá sempre chuva, mesmo quando o aquecimento global nos transformar num aglomerado de ilhas tropicais. A efemeridade da vida humana, o pouco rasto que deixa no mundo, o destino cruel de daqui a 3 gerações estarmos quase todos destinados, a ser aquele ou aquela criança entre outras duas no albúm de família de alguém...

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Coisas sem meio

Meio molhado, meio grávida, meio estúpido, meio bêbedo, meio a chover, meio distraído, meio apaixonado, meio santo, meio a andar, meio a dormir, meio amigo, meio crente, meio sujo, meio atrasado, meia vitória...Sugestões? tou meio bloqueado ...Mas isto para quê? Só para mostrar uma coisa: com tantas excepções à regra, como ainda há quem diga que "os fins justificam os meios"???... que meios ???
Não se faz meia merda meus amigos... digo eu, haverá certamente quem discorde, sobretudo quem a faz.
E assim vos deixo...

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Mentiras

A meu ver existem apenas quatro tipos de mentiras. Existem as mentiras que precisamos que nos digam em determinados momentos, sobretudo naqueles que não nos sentimos muito bem, tais como, “isto é para o teu bem” ou “tá lindo”; existem as mentiras que nos dizemos a nós próprios para nos confortar e acalmar, mentiras do tipo “vai ficar tudo bem”, “passa rápido”. Depois existem as mentiras ditas piedosas, com intento de não magoar o próximo quando não queremos dizer abertamente que não, e vulgarmente dizemos “tenho coisas combinadas” ou “o meu pai não deixa”, qualquer coisa que seja. E por último existem as mentiras que não conseguimos evitar dizer. Acho que ninguém mente por querer, nem os chamados mentirosos compulsivos, mas apenas a realidade para eles seja demasiado crua. Há então os que mentem para moldar a sua vida ao seu gosto, mas também há os que o fazem simplesmente porque a verdade os assombra. A verdade torna-se então subjectiva, porque uma história tem sempre um pouco de quem a contou, torna-se parcial, e mesmo as coisas que vemos, encaramo-las de maneira diferente do resto das pessoas todas. Em última análise a mentira é então parte integrante da verdade e da vida na medida em que é a sombra dos factos. Ou seja, ninguém é totalmente verdadeiro. Podem ser honestos, ser sinceros, mas desde que tenham personalidade não são verdadeiros. Mas essas mentiras ninguém as comunga, porque são tão banais, já nos estão de tal forma intrínsecas que nós deixamos de as catalogar como mentiras. E então, a partir de que ponto é que uma mentira, é mesmo uma mentira? Alguém sabe? Alguém? Também me pareceu.

terça-feira, 1 de maio de 2007

Sensações

A noite passada tive frio, daquele frio agradável de se ter, por ser o remédio dele uma peripécia pequena e fácil. Antes, lá fora, tinha observado o nevoeiro.
O silêncio é feito daquele mesmo granulado de penumbra e espera. Desfaço-me do branco e adopto este azul para o que vem, o cair raso e macio, de passos lentos.