segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Tempo

Nenhum tempo chega para dizeres "carpe diem".
Cansas-te da espera, a vida parece fugidia, urge a necessidade de uma pausa, no entanto, não sabes como o fazer.
As intermitências de uma vida acontecem, fazes analepses da tua história, mas sabes que nada volta atrás, não revives coisa alguma. E partes. Partes os espiritos de que és feito, quando o ritmo do coração se torna acelerado e o pulsar da vida é mais lento do que as horas do dia.
Passa o dia, chega a noite, doze horas ficaram preenchidas com os teus gestos vagos, os teus pensamentos utópicos e nada fizeste.
A noite é amiga e desaparece num abrir e fechar de olhos, vês o tecto e cais em sonhos, que te afastam do nada em que vives.
Amanhã é outro dia, a lentidão do tempo continua. De manhã, tudo parece igual, a noite parece longínqua e de repente é noite: foram-se as horas, fica o nada e o tudo.
É esta a mescla da vida: Tudo acontece, mas pouco fica, o Nada preenche o resto...
Mas há manhãs em que pareces renascer: quando dás a mão ao Tempo e o teu coração bate ao ritmo dos segundos de que é feita a tua vida!



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