quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Evocação simples

Há quase pobreza, menos fome que ganância, mais poder que riqueza, mais pai que mãe...
Há muita gente que queria, pouca gente que se indigna, o mais que podia, o que mais e o que menos tem.
Há trocas de produtos, prestadores de serviços, manobreiros de valias, e ninguém que nos valha.
Há responsáveis, há oragos milagreiros, mais fome, mais fome, mais crimes e mais turistas e há muito mais gente.
A nós pagaram-nos os livros, educaram-nos no grande programa, havia então fome, havia ainda miséria, uma casa de lama. A outros abriram-se portas, criminalizaram-nos, prenderam-nos; livros pagos por vós, expõem egrégios avós, com 15 minutos de fama!
A outros taparam-se olhos, houve quem soubesse calar, poucos não levavam recados, muitos escolhos a dar do mar, mas a apanhar ninguém.
A regra para a pobreza, os seus limiares, o abaixo e o acima da necessidade, outros patamares, da ganância e cegueira, mais injustiça que lá vem.

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