sexta-feira, 25 de maio de 2007

A fábrica dos sonhos

Os sonhos provocam-nos sensações ligadas a afectos e, que por vezes, nos fazem acordar repentinamente, seja com angústia que não sabemos a que é devida, seja a um sentimento de bem-estar. Ao acordarmos, essas sensações fortes vão ser “traduzidas” por nós, vamos tentar dar-lhes um sentido e até lembrar-nos do que sonhámos. No entanto, nem sempre é assim, pois, os sonhos decorrem enquanto dormimos, tranquilamente e servem para que, durante este período, alguns problemas sejam elaborados pelo nosso inconsciente, posto que esse não dorme.
Por outro lado, a repressão e o recalque são muito o mentor do sonho e dos seus conteúdos. Quanto mais se recalca, maior é a intromissão desses determinados conteúdos nos sonhos.
Segundo os especialistas, cerca de 4 a 10% dos sonhos que temos têm um conteúdo erótico. A maioria destes, longe de serem um reflexo do que acontece durante o tempo em que estamos acordados, cumpre uma função compensatória nos períodos de maior abstinência sexual. Da mesma forma que todos nós sonhamos, o conteúdo desses sonhos reflecte as coisas que mais recalcamos, como os pensamentos, os desejos, os encontros, a culpa, etc., pelo que é normal que muitos sejam de conteúdo erótico.
Outra coisa é lembrarmo-nos desses sonhos, especialmente quando são coisas que acordados, a maioria de nós, não faria. Há, porém, um outro tipo de “sonhos” bem conscientes e do domínio da nossa vontade, a que chamamos fantasias. Quando bem geridas, podem ser deveras importantes no desenrolar da vida afectiva e sexual.
E como diria William Shakespeare “Nós somos o tecido de que são feitos os sonhos”

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